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Opinião: em momento instável, defesa do Fortaleza foi vazada nos últimos seis jogos

Falhas individuais e jogadas explorando os lados do campo tricolor foram os caminhos encontrados pelos adversários para balançar as redes do Leão
09:57 | Mar. 05, 2020
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

A derrota para o Ferroviário por 1 a 0, na noite dessa quarta-feira, 4, pelo Campeonato Cearense, foi o sexto jogo seguido em que o Fortaleza sofreu pelo menos um gol. Os números da defesa tricolor nas últimas semanas contrastam com o que foi visto no início da temporada, quando o time só foi vazado uma vez nos primeiros cinco jogos. O sinal amarelo já foi ligado para esse setor, que nunca foi blindado de críticas no Leão.

A contagem começou na derrota para o Independiente, no jogo de ida da Sul-Americana. Fernández marcou após boa jogada de Bustos pela direita e deu início a uma sequência de jogos em que o Fortaleza seria sempre vazado. Somando as partidas contra Imperatriz, Confiança, Barbalha, Ferroviário e os duelos de ida e volta contra o Rojo, já são oito tento sofridos, média de 1,3 por jogo.

Nesse período, o Fortaleza somou três vitórias e três derrotas. Um aproveitamento de 50% não pode ser considerado razoável, mas também não chega a preocupar neste início de temporada. O que deve ser analisado de forma qualitativa é a maneira como esses gols são marcados. Normalmente, até pelo seu estilo de jogo, o Leão costuma ser mais frágil quando atacado pelas pontas. Os adversários conseguiram balançar as redes do Tricolor explorando essa faixa de campo em três oportunidades.

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Nos jogos de ida e volta contra o Independiente, o lateral Bustos foi determinante para eliminar o Fortaleza, dando uma assistência no primeiro jogo e marcando no segundo, sempre em lances pelo lado direito. Contra o Barbalha, o centroavante Cléber avançou após receber um ótimo lançamento e bateu por cima de Felipe Alves. Essas jogadas representam mais de um terço dos gols sofridos pelo Tricolor nos últimos seis jogos.

Outros problemas são as falhas individuais na defesa. Contra o Confiança, o segundo gol foi marcado em falha de Michel, que perdeu a disputa no corpo e deixou a bola para o adversário. A desatenção também atrapalhou Nenê Bonilha no primeiro gol do Barbalha, em que o volante dominou a bola errado, e também no gol contra marcado por Quintero na derrota para o Ferroviário. O zagueiro também foi mal no lance do tento do Imperatriz, no Nordestão, ao não subir para disputar a bola em cobrança de falta.

O Fortaleza pode estar apresentando problemas nos últimos jogos, mas isso não quer dizer que o time tem uma retaguarda totalmente desentrosada ou cheia de fragilidades. O Leão tem zagueiros entrosados, que trabalham juntos desde a temporada passada, e sofre gols muito por conta das linhas altas que mantém quando quer pressionar o adversário. Falhas no futebol sempre vão existir, senão não haveria gols. O problema é quando isso se torna algo bem recorrente. Para evitar que isso aconteça, Rogério Ceni tem que ligar um sinal amarelo para as atuações da defesa tricolor.

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