Washington Rodrigues, o Apolinho: quem era o ex-técnico do Flamengo
O comentarista de 87 anos estava internado tratando um câncer no fígado. Veja a seguir, mais sobre a trajetória de Apolinho e sua passagem pelo Flamengo
Um dos maiores comunicadores da radiodifusão brasileira, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nessa quarta-feira, 15 de maio, aos 87 anos. O comentarista estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, tratando um câncer.
Apaixonado pelo Flamengo, Apolinho chegou a ser técnico do time rubro-negro na gestão do presidente Kleber Leite, em 1995. Apesar de não esconder o amor pelo time, o jornalista sempre prezou pela imparcialidade e se tornou referência na área.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Washington Rodrigues, o Apolinho: quem era?
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de setembro de 1936. O Apolinho, como ficou conhecido, trabalhou nas principais emissoras do Rio de Janeiro e fez parte de formações históricas nas rádios Guanabara, Globo, Nacional e Tupi.
Era comentarista na Super Rádio Tupi e comandou o tradicional ‘Show do Apolinho’ por mais de duas décadas, além de assinar a ‘Palinha do Apolinho’ no Giro Esportivo e o quadro ‘Geraldinos & Arquibaldos’. Ele também fazia parte da bancada de comentaristas do 'Show da Galera'.
Apolinho se destacava pelo jeito irreverente e criativo. Após a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, recebeu o convite do locutor José Carlos Araújo para se tornar comentarista. Eles formaram uma das parcerias mais emblemáticas ao longo de mais de quatro décadas.
Apolinho como técnico do Flamengo
Irreverente nas transmissões, Apolinho, que era torcedor do Flamengo, criou alguns termos conhecidos e difundidos até hoje, como "Mais feliz que pinto no lixo", "Briga de cachorro grande" e o "chocolate" para se referir a goleadas.
Em 1995, ele chegou a ser treinador do Flamengo após receber um convite do então presidente Kleber Leite para comandar o time. Na ocasião, foi vice-campeão da Supercopa da Libertadores com 26 partidas, 11 vitórias, oito empates e sete derrotas.
Três anos depois, voltou ao clube do coração no cargo de diretor de futebol.
LEIA TAMBÉM | Tite vê Flamengo consistente e no caminho certo
Qual o motivo por trás do apelido “Apolinho”?
O apelido de Washington Rodrigues surgiu por conta de um microfone sem fio usado pelo jornalista, que era o mesmo usado por astronautas da Missão Apollo 11, em 1969.
O locutor Celso Garcia apelidou o microfone de "Apolinho" e, tempo depois, o também narrador Waldir Amaral passou a fazer o mesmo. Nos anos seguintes, o termo foi incorporado a Washington Rodrigues.
LEIA TAMBÉM | Luiz Penido se emociona ao vivo com morte de Apolinho
Qual foi a causa da morte do Apolinho?
Apolinho, morreu nessa quarta-feira, 15, aos 87 anos. O jornalista estava internado tratando de um câncer no fígado. A notícia da morte foi confirmada pela Rádio Tupi, durante a vitória do Flamengo sobre o Bolívar no Rio de Janeiro.
O Flamengo expressou seus sentimentos nas redes sociais pela morte de Apolinho:
"Perdemos um dos maiores comunicadores do esporte nacional. Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou nesta quarta-feira. Em décadas de carreira, moldou a forma como vivemos o futebol", começa a nota
"Criou expressões inesquecíveis - é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do aviso que 'acaba de chegar São Judas Tadeu' na voz de Apolinho", segue. "Washington Rodrigues foi treinador do Mais Querido no ano de nosso centenário e, ainda assim, era admirado e adorado pelas torcidas dos nossos rivais por seu carisma, sua imparcialidade e sua paixão. Ele nos deixou em uma noite em que o Flamengo venceu com 'chocolate' - expressão inventada por ele para definir goleadas."