Duelo tático: Condé encontra erros e vence mais uma sobre Vojvoda em Clássico-Rei pragmático

Duelo tático: Condé encontra erros e vence mais uma sobre Vojvoda em Clássico-Rei pragmático

A partida contou com dois tempos de diferentes ritmos, mas acompanhados de erros técnicos e decisões táticas precipitadas. Na beira do campo, Condé foi mais ágil para entender o jogo

Em um Clássico-Rei amarrado, de gramado pesado pela areia e com táticas que diminuíram o ritmo do jogo, o Ceará foi mais efetivo nas decisões e venceu o Fortaleza por 1 a 0 neste domingo, 13, na Arena Castelão. Léo Condé foi mais atento para avaliar as falhas de Vojvoda e soube ajustar o Alvinegro para buscar a vitória, com gol de Galeano, em um partida pouco criativa de ambos os lados, especialmente na primeira etapa.

Os 45 minutos iniciais foram marcados por muitos erros técnicos, mas a postura não tinha como fugir de um jogo passivo. O Vovô tem a pior posse de bola do Brasileirão, enquanto Vojvoda optou por escalar o Leão com um meio de campo preenchido, mas com quatro zagueiros de origem, dificultando a criação. Os dois times pareciam se esperar o adversário na primeira etapa de poucos passes certos.

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No segundo tempo, a tendência à falha não mudou, mas uma das duas comissões técnicas esteve mais ligada para perceber os pontos de erro do rival. O ritmo mudou, as equipes passaram a ter mais volume e subiram as linhas para tentar marcar. No duelo tático, Condé fez mudanças melhores e contou com a constância do plantel titular — ante um que parece não se encontrar em campo.

Análise - Fortaleza x Ceará

O Fortaleza repetiu o plano que tentou executar na derrota para o Bahia: meio de campo preenchido e dupla de ataque à frente. Dessa vez, apostou em uma defesa com quatro zagueiros de origem — com dois deles improvisados nas laterais. Assim, ficou sem subidas pelo lado do campo, enquanto o meio também não conseguiu ser dominante e foi pouco criativo.

A saída longa com Matheus Ávila e Matheus Pereira proposta no início não encaixou, o que forçou o time a levar o jogo para o chão, pelo volante, que descia para a primeira linha. Martínez e Pochettino circulavam pelas pontas, mas sem apoio consistente e dificilmente em superioridade.

A irritação de Vojvoda com os erros técnicos do próprio time era visível. Até mesmo quando o time se via sem opções e tentava alçar a bola à frente, não via a dupla de ataque vencer os duelos disputados com a dupla William Machado e Marllon. No segundo tempo, mudou as peças de ataque e a dificuldade foi a mesma. No setor, preferiu colocar Allanzinho na etapa final, sem promover a estreia de José Herrera.

O Ceará, fiel ao 4-4-2 compacto defendendo e o 4-2-3-1 para atacar, se defendia sem correr riscos e mantinha o plano já conhecido: bola nos extremos para buscar Pedro Raul na referência. Quando tentava sair com passes curtos na defesa, pecava na desatenção, mas o Fortaleza não aproveitou. Ainda assim, as melhores chegadas do jogo vinham quando o Vovô afunilava pelo meio, forçando os volantes tricolores a pararem as jogadas com faltas.

Foi só no segundo tempo que o jogo virou de vez. O Ceará voltou mais ligado, percebeu que o Tricolor buscava os meios-espaços na saída de bola e conseguiu punir um dos erros do Fortaleza. Aos 11 minutos, Kuscevic vacilou, Pedro Henrique se antecipou fechando a zona de perigo e recuperou a bola, trabalhada até Pedro Raul, que fez o pivô na área com qualidade e serviu Galeano, para abrir o placar.

Em vantagem, o Ceará seguiu retraído sem exageros, reforçou a defesa pelo lado do campo ao ver o Fortaleza mudar o esquema — quando abriu dois pontas. O Tricolor tinha a bola, mas não tinha soluções. Matheus Pereira seguiu sobrecarregado na articulação e foi irregular. Vojvoda mexeu, tentou dar fôlego, mas pouco ameaçou um empate. Condé, novamente, vou superior nas mudanças.

Assim, o Ceará venceu mais um clássico no roteiro que mantém no ano: defesa sólida, pragmatismo quando necessário e bom aproveitamento de grandes chances. Um placar magro, mas suficiente para voltar a triunfar na Série A. Pelo lado tricolor, a pressão sobre Vojvoda aumenta.

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