Diá detona arbitragem em eliminação do Ferroviário: "Assalto a mão armada"

Técnico coral enaltece atuação da equipe diante do América-MG e critica "covardia" em erro da arbitragem por gol legal anulado na disputa de pênaltis

Em entrevista coletiva após a eliminação do Ferroviário na Copa do Brasil, com a derrota por 3 a 2 nos pênaltis para o América-MG, nesta quarta-feira, 14, na Arena Independência, em Belo Horizonte, pela segunda fase do torneio, o técnico Francisco Diá elogiou a postura da equipe coral e não poupou críticas à arbitragem, que não validou gol legal de Adilson Bahia nas penalidades.

O camisa 9 foi o primeiro cobrador do Tubarão da Barra a ir para a marca da cal e converteu, mas o arbitragem indicou que a bola não ultrapassou a linha. O atacante contestou, mas a ausência do VAR não permitiu revisão por parte do árbitro paulista Vinicius Gonçalves Dias Araújo. Na sequência da disputa, o goleiro Jonathan realizou duas defesas, mas o Coelho acabou levando a melhor e ficou com a vaga.

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O erro revoltou o clube cearense, que pretende enviar protesto formal à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e deseja ao menos o ressarcimento financeiro pelo adeus ao mata-mata nacional, uma vez que teria direito a cota de R$ 1,7 milhão caso se classificasse para a próxima etapa.

"O bandeirinha estava em cima do lance e assumiu a responsabilidade para si. Alguns jogadores ainda reclamaram, mas não tem o VAR. Acredito que na Copa do Brasil era para existir o VAR. Terminou a gente sendo prejudicado. Dificilmente o juiz volta atrás, a não ser que tenha o delegado da partida ou alguma coisa desse tipo, o próprio bandeirinha. Mas se ele estava mal intencionado, talvez fosse o contrário, não teria dado essa classificação ao América. É uma covardia muito grande o que ele fez com o nosso grupo. Os jogadores foram valentes, determinados e está todo mundo triste, mas acredito que a CBF vai tomar essas providências", lamentou o treinador.

"Está de parabéns o grupo, porque poderia ter saído com a classificação se não fosse esse trio de arbitragem, que acredito que tinha que sair no camburão hoje. Eu tenho 25 anos de carreira e nunca vi ninguém anular um gol de pênalti, nunca vi. Do banco, a gente viu que a bola entrou e está aí a televisão mostrando que o gol foi legítimo. Isso desestabilizou um pouco nossos batedores, e a gente foi prejudicado demais quando poderíamos ter saído com a classificação", completou.

Para chegar às penalidades, o Ferroviário precisou mostrar reação em Minas Gerais. Após sair atrás no placar, com gol de Felipe Azevedo, conseguiu empatar já nos acréscimos do segundo tempo, aos 49, com o atacante Augusto. A resposta e o desempenho da equipe para arrancar o 1 a 1 no tempo normal renderam elogios do comandante.

"Nós sabíamos da dificuldade que iríamos encontar. O América veio fazendo uma pressão muito forte, marcando no campo do adversário e conseguiram nos envolver. Nós sabíamos também que esse ritmo de jogo, esse tempo de paralisação, 20 ou 30 minutos iríamos sofrer um pouquinho, mas também sabíamos que com as substituições que poderíamos fazer, que a gente trabalho ao longo da semana, a nossa equipe poderia dar uma crescida de produção. Foi o que acontece. Eles fizeram um bom primeiro tempo, mas o segundo tempo foi um grande jogo e poderíamos ter saído com o placar sem ter precisado ir para os pênaltis. Teve um lance do (Adilson) Bahia, uma bola na trave do Roni, teve o gol. Augusto ainda não está no melhor da sua forma e treinou poucos dias, precisava de três ou quatro semanas, e com uma semana nós resolvemos trazer, tivemos a perda do Rato. Isso nos dificultou um pouquinho para entrar no jogo, mas no segundo tempo equilibramos", avaliou.

"Eu parabenizei o grupo pelo segundo tempo, os jogadores foram valentes, determinados. Jogar com o América, hoje um gigante do futebol brasileiro, na Série A. O Ferroviário tem, nesse time que foi montado há três ou quatro meses, dado alegrias e hoje (quarta-feira) poderia ser mais uma. Foi prejudicado por esse assalto de mão armada aqui em Belo Horizonte", detonou Diá.

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