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Para brilhar no Japão, Richardson, ex-Ceará, só conheceu o filho com dois meses de idade

Jogador atua no futebol japonês desde 2019 e precisou iniciar trajetória no novo país sem a esposa e o filho

Jogar fora do Brasil. A oportunidade de concretizar o objetivo na carreira de atuar no futebol estrangeiro apareceu para Richardson no início de 2019, no momento mais inesperado possível. Para realizar o sonho, o volante aceitou a proposta do Kashiwa Reysol, se mandou sozinho para o Japão e perdeu o nascimento do filho Matheus.

+ Richardson diz ter sido difícil deixar o Ceará e sente saudade da torcida: "foi um marco"

Quando o Kashiwa acenou com o desejo de levar Richardson para o Japão, o volante tinha acabado de completar a terceira temporada seguida pelo Ceará, com destaque para o desempenho na campanha do time na Série A de 2018. O jogador já havia construído uma relação de ídolo da torcida alvinegra, estava prestes a renovar contrato com o clube do Porangabuçu, e a esposa Aline estava grávida de sete meses do primeiro filho do casal.

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Richardson procurava, na época, um apartamento maior em Fortaleza para se mudar com a esposa devido ao nascimento do primogênito. Após aceitar a proposta do Kashiwa e resolver as pendências com o Ceará, havia chegado o momento da transição Brasil-Japão.

O jogador partiu sozinho para iniciar a trajetória no Japão. Na reta final da gravidez, Aline ficou com a mãe para receber a ajuda necessária na chegada de Matheus. Passados quatro meses no novo clube, Richardson reencontrou a esposa e conheceu o filho com dois meses de idade.

"Foi difícil tomar a decisão. Minha esposa estava grávida de sete meses e meio. No final de 2018, lembro que tive a conversa com ela quando chegou a proposta. A gente se programou para ter nosso filho aí (em Fortaleza), mas surgiu a oportunidade de vir ao Japão exatamente na época. Conheci meu filho quando ele já tinha dois meses", contou o atleta em entrevista ao Futebol do Povo (veja completa abaixo).

Já adaptado ao Japão, Richardson vive com a esposa e o filho na cidade de Kashiwa, em um bairro próximo do CT do clube. Devido à pandemia do coronavírus e o isolamento social, o jogador tem aproveitado os dias em casa para curtir o crescimento de Matheus.

"Tenho o benefício do meu filho ser novinho, está com um ano e três meses. Estou podendo ver a evolução dele, algo que não estaria se estivesse jogando com a temporada normal. Está sendo difícil ficar em casa pela mudança na rotina, mas está sendo bom ficar mais perto da minha esposa e do meu filho", afirmou.

Desde 2019 no clube, o jogador já se destacou na primeira temporada no Japão. Titular da equipe, o volante ajudou o Kashiwa a ser campeão da segunda divisão, carimbando o acesso para a elite em grande estilo. Foram 38 jogos e um gol no ano passado.

"Tive uma adaptação rápida. Fui muito bem recebido. O método de trabalho não era tão diferente do que estava acostumado no Brasil, dinâmico e intenso", comentou.

No clube japonês, Richardson tem três companheiros brasileiros, um deles Júnior Santos, ex-Fortaleza, além da comissão técnica. O treinador do Kashiwa é Nelsinho Baptista.

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