Em jogo movimentado, Caucaia vence Atlético Cearense e abre vantagem na final da Fares Lopes
Com gols de Ciel e Jacaré, Raposa Metropolitana vai levar um placar favorável para a decisão no estádio Raimundão
Caucaia e Atlético Cearense entraram em campo no Estádio Presidente Vargas na tarde deste domingo, 27, para o jogo de ida da Taça Fares Lopes. Em jogo movimentado na segunda etapa e com momentos distintos para as duas equipes, a Raposa Metropolitana conquistou a vitória por 2 a 1, com gols de Jacaré e Ciel. Nailton descontou para a Águia da Precabura.
O jogo de volta da decisão será no próximo domingo, 3, no estádio Raimundo de Oliveira, em Caucaia. Em caso de igualdade na soma do placar das duas partidas, a decisão vai para os pênaltis. O campeão da Fares Lopes conquista uma vaga para a Copa do Brasil do próximo ano.
A partida começou com o Atlético valorizando bastante a posse de bola e a troca de passes, concentrando a maior parte das ações dos primeiros minutos de jogo, mas sem levar perigo. O Caucaia pouco produziu e não conseguiu explorar o futebol ofensivo dos pontas Ciel e Siloé, esbarrando na marcação alta do adversário.
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AssineO jogo prosseguiu sem lances de perigo até os 14 minutos, quando um dos jogadores mais técnicos em campo resolveu aparecer. Ciel recebeu na ponta esquerda, cortou para dentro, limpou a marcação e mandou um chute rasteiro, rente à trave do goleiro Carlão. Logo depois, Jacaré recebeu um passe longo por elevação e tentou o cruzamento para a área, mas novamente o artilheiro Ciel não aproveitou.
Depois dos primeiros 15 minutos, o jogo passou a ser mais movimentado. O Caucaia foi quem mais buscou abrir o placar, enquanto o Atlético mantinha sua marcação, mas tinha dificuldades para chegar ao gol adversário e finalizar. Depois da parada técnica, a Águia parece ter acordado mais para o jogo, puxando contragolpes e voltando a buscar a conclusão das jogadas, mas sem efetividade e sem conseguir manter o ritmo.
Logo aos 28 minutos, Oliveira Canindé foi obrigado a fazer sua primeira substituição. O meia Amaral sentiu uma distensão muscular na lombar e saiu para a entrada do atacante Thiaguinho. A Raposa continuou buscando o protagonismo. Em jogada pela direita, Siloé serviu Lincoln, que, cara a cara com o goleiro Rayr, chutou pra fora. Foi só uma de várias outras chegadas da equipe, que errava muito na hora de dar o último passe ou da finalização.
Foi o que aconteceu já à altura dos 40 minutos, quando Ciel foi acionado na boca do gol, mas acabou sendo travado pelo zagueiro Olávio na hora do chute. O último lance de perigo foi em cobrança de falta de Ciel, defendida por Rayr, já nos acréscimos. Sem muitas emoções, a primeira etapa chegava ao fim com a igualdade no placar e nada de bola na rede.
No segundo tempo, o jogo parecia um espelho dos 45 minutos iniciais. Sem mudanças, as equipes entraram em campo com poucas ações ofensivas. Mas isso mudou aos 10 minutos. Em passe espetacular de Lincoln, praticamente do meio de campo, Ciel recebeu pela direita e cruzou para dentro da área. Sem marcação alguma, Jacaré abriu o placar com um chute no alto, que bateu no travessão e entrou. Depois de perder oportunidades na primeira etapa, finalmente o Caucaia conseguiu marcar, na base de sua qualidade técnica.
Com a desvantagem no placar, o técnico Raimundo Vágner não demorou para mudar sua equipe: colocou o meia Ítalo no lugar do ponta Emerson Catarina. Depois da alteração, Isac, em posição irregular recebeu cara a cara com Léo, mas o goleiro travou a finalização. Insatisfeito com a anulação do lance, o atacante Daniel, do Atlético, reclamou com a arbitragem e foi expulso na beira do campo, quando ainda usava o colete de reservas e sequer havia entrado no jogo.
Buscando administrar o jogo, mas mantendo a intenção de construir jogadas, Oliveira Canindé tirou Jacaré e colocou o meia Paulinho. Aos 27, a Águia teve uma de suas melhores chances na partida. Em saída errada de Léo, Wandson mandou por cima e tentou o gol de cobertura, passando muito perto da meta. Mas a bola não ficaria mais tanto tempo sem beijar a rede da Raposa. Nailton aproveitou sobra na grande área e mandou um chutaço de primeira pra selar o 1 a 1 no placar do Estádio Presidente Vargas.
Com o empate, o jogo ficou mais aberto do que em qualquer outro momento. Buscando a virada, o Atlético passou a usar a mesma estratégia do adversário, com velocidade nos contragolpes. O Caucaia buscava a resposta , e ela quase veio com Ciel, que subiu para cabecear sem marcação alguma na grande área, mas não achou a bola. Aos 37, a Águia passou a ter a superioridade numérica. O meia Paulinho, que tinha acabado de entrar, fez falta dura e levou vermelho direto.
Com a expulsão, a Raposa ficou cada vez mais acanhada no seu campo de defesa. Aproveitando o ímpeto novo, Wandson teve a chance de virar o jogo para o Atlético, mas errou na tomada de decisão ao escolher cruzar ao invés de finalizar para o gol. A oportunidade seria bastante lamentada logo em seguida.
Ostentando a credencial de ser o artilheiro da Fares Lopes, Ciel recebeu bom passe, limpou a marcação e fuzilou de perna esquerda para desempatar o jogo, aos 45 minutos. Para cadenciar ainda mais a partida, Oliveira Canindé tirou o atacante Thiaguinho e pôs o volante Jackson Caucaia. Bastou à Raposa apenas sustentar os contragolpes do Atlético para confirmar a vitória e a vantagem para o jogo de volta.
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