Neymar prevê seleção brasileira forte na Copa de 2022: "Tudo para surpreender"

Atacante relembra eliminação do Mundial de 2018, comemora marcas atingidas com a camisa do Brasil e ressalta dificuldade de levantar a taça, mas mostra otimismo

Líder invicto das Eliminatórias Sul-Americanas e praticamente garantindo na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a Seleção Brasileira já está de olho no Mundial. Camisa 10 e principal nome da equipe de Tite, Neymar projetou a competição do próximo ano, afirmando que enxerga o Brasil com possibilidade de surpreender.

"Acredito que essa seja uma Copa para surpreender. A gente sabe o quão é difícil ganhar uma Copa do Mundo. O meu sonho maior é esse. Acho que a gente está se preparando, temos uma boa equipe, temos um bom treinador. Estamos nos preparando cada vez mais para que a gente possa nos ajustar e não perder no detalhe, como foi contra a Bélgica (em 2018). Para essa Copa do Mundo, acho que agente está indo mais preparado psicologicamente, mentalmente. Tem tudo para a gente surpreender”, disse o jogador ao canal Fui Clear.

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O atacante do Paris Saint-Germain também relembrou a eliminação para a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018. Na ocasião, o Brasil saiu perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo e diminuiu na segunda, mas não conseguiu buscar o empate, apesar de várias chances criadas.

"Na minha opinião, jogamos melhor do que a Bélgica. Perdemos duas ou três bolas e eles acabaram fazendo o gol. Teve o pênalti no (Gabriel) Jesus que não marcaram. Dificultou bastante. Aquela derrota me machucou muito. Me machucou de verdade. Fiquei uma semana em casa sem sair, não queria ver ninguém. Mas isso acontece, faz parte do futebol. Algum lado tinha que cair, infelizmente foi o nosso", afirmou.

Há mais de 11 anos representando a Seleção principal, Neymar já tem 70 gols e 53 assistências em 115 jogos com a camisa pentacampeã. Maior artilheiro do país em Eliminatórias Sul-Americanas, com 13 tentos, o jogador de 29 anos está a sete gols de alcançar Pelé na lista de goleadores com a camisa do Brasil. Com 77 bolas na rede em partidas oficiais, o Rei do Futebol lidera o ranking.

"Fico muito contente de estar batendo recordes que duraram anos. Isso é para ajudar a Seleção Brasileira, meus companheiros. Não peço bajulação, muito pelo contrário. O respeito que eu falei é de respeitar a posição de cada um. Se você é jornalista eu respeito sua profissão, e você respeita a minha. Se você já viveu a minha você pode falar, mas tem que respeitar, você sabe o quanto é difícil. O futebol mudou bastante, querendo ou não. É muita força, muito mais rápido. Você tem que se preparar cada vez mais", destacou Neymar.

"Eu não pensava (nos recordes). Não ligo para essas coisas. Vou bater porque acontece (risos). Eu amo futebol, amo jogar futebol. É a coisa que mais gosto de fazer na vida. É natural. Se eu estou batendo hoje, daqui alguns anos alguém vai bater o meu e estarei de casa aplaudindo. Eu torço para que batam mesmo, recorde é feito para isso. Não é porque eu vou bater que vou desmerecer os outros ou não respeitar. Homenageei todos (ao ultrapassar na artilharia da Seleção Brasileira), o Romário, o Ronaldo, comemorei igual a eles. No Santos eu fazia muito isso. É um jeito de homenagear, lembrar a história que fizeram. Não é fácil fazer 100 gols por um clube, ninguém sai fazendo isso", completou.

Em recente entrevista, Neymar declarou que a Copa do Mundo de 2022 deve ser sua última. O camisa 10 não acredita que a Seleção sentirá falta de um jogador que tem no drible a principal característica e exaltou promessas brasileiras.

"O Brasil é um país que gera muitos jogadores bons. Acho que a qualquer momento podem surgir outro. O Brasil não vai acabar assim tão rápido (risos). Torço para que venham mais, a gente tem meninos novos agora na Seleção, como Vinícius Júnior e Rodrygo, que acho que são jogadores que podem crescer muito mais ainda", destacou.

Por fim, Neymar falou sobre as críticas que a Seleção Brasileira recebeu nos últimos tempos. Mesmo estando invicta e com o melhor início da história das Eliminatórias Sul-Americanas, a equipe de Tite foi questionada recentemente pelas poucas chances criadas no ataque e por praticar um futebol "mais feio".

"O futebol mudou muito, não é o de antes. Os jogadores têm perfis diferentes. Temos bons jogadores, que são top na Europa. Mas são perfis diferentes do que tínhamos antigamente. Não dá para comparar. Mas futebol é feito de comparações, não tem o que fazer. Se joga bonito e perde, vão cobrar a vitória. Se joga bem e ganha no básico, a galera pede para jogar bonito. Não dá para agradar todo mundo. É aquele negócio, ficar quietinho que é melhor, porque um lado não vai gostar", concluiu Neymar.

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