Participamos do

Iarley lembra quando deu camisa do Boca a Maradona: "A gente se motivava para dar alegria a ele"

Ex-jogador cearense narrou ao O POVO como recebeu a notícia da morte do ídolo e como foi período entre 2003 e 2004, quando foi protagonista no Boca Juniors
12:42 | Nov. 26, 2020
Autor Lucas Mota
Foto do autor
Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

O cearense Iarley vivenciou período de glória e idolatria vestindo a camisa 10 do Boca Juniors, símbolo da genialidade de Diego Armando Maradona, que morreu nesta quarta-feira, 25, após parada cardiorrespiratória. Campeão mundial e argentino pelos xeneizes, o ex-jogador narrou ao O POVO como recebeu a notícia da morte do ídolo e lembrou do período entre 2003 e 2004, quando viveu protagonismo no clube e sentiu o calor da torcida do time do coração do Pibe de Oro.

+ Raimundo Fagner lembra ligação de Maradona às 2 horas da manhã

Ex-jogador do Ferroviário e do Ceará, Iarley é coordenador técnico das categorias de base do Internacional-RS, clube onde também foi campeão mundial, e mora atualmente em Porto Alegre (RS). Ele estava preso no trânsito da cidade gaúcha quando ouviu na rádio a confirmação da morte de Don Diego.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"Uma emissora gaúcha anunciou. Dois minutos depois eles já me ligaram. No trânsito já dei entrevista. Desde então até a madrugada passei o dia atendendo a imprensa. Isso me ajudou um pouco porque não fiquei pensando muito. Fui só falando e ocupou a mente. Hoje pela manhã é que senti mais o baque", comentou Iarley.

+ Ceará e Fortaleza homenageiam argentino Diego Maradona, que morreu aos 60 anos

Desde a infância, o quixeramobinense tinha El Diez como ídolo, junto a Zico. A relação de idolatria com o argentino só aumentou. Em 2003, ele foi contratado pelo Boca Juniors e recebeu a camisa 10 do então treinador Carlos Bianchi.

+ Argentinos se despedem do ídolo Maradona em velório na Casa Rosada

"Eu via todos os vídeos, queria saber tudo, tenho o livro do Maradona. Minha relação principal com o Maradona foi de poder vestir a camisa 10 do Boca, que é muito ligada a ele, a cobrança de jogar bem, o fato de um brasileiro vestir a 10 do Boca", afirmou.

Iarley caiu nos braços da torcida xeneize ao decidir o Superclássico diante do River Plate, na casa do adversário, o Monumental de Nuñez. O Boca venceu por 2 a 0 em atuação impecável do cearense, que marcou um dos gols do triunfo. A partir dali, ele passou a ser chamado de "hermano de Pelé" pelos torcedores.

"A gente se motivava para vencer os jogos para que ele tivesse alegria naquele momento. Usava isso como motivação. Os argentinos não se preocupavam com o que ele fazia na vida particular, mas com o que Maradona fez com a vida deles, como jogador. Ele transformou (o País) e trouxe a Copa do Mundo para o povo argentino. A gente torcia muito para que ele se recuperasse."

Um dos momentos mais marcantes na passagem pelo Boca foi quando Maradona desceu até o vestiário para saudar os jogadores. A lembrança é viva até hoje para Iarley.

"Teve um jogo em La Bombonera que ele foi assistir. E ele desceu com muita gente, familiares ao redor dele, porque queria saudar os jogadores. Era um jogo de Libertadores. As pessoas pediram a camisa para ele e eu dei de prontidão. Falei que eu estava só com a camisa emprestada. Foi muito marcante."

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar