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Procuradoria pede ao TJDF instauração de inquérito e suspensão do presidente do Barbalha

O objetivo é a apuração de supostas irregularidades, como lavagem de dinheiro, desvio de verba do clube e fraude em apostas, cometidas pelo dirigente
15:39 | Mai. 23, 2020
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

A Procuradoria de Justiça Desportiva solicitou ao Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Estado (TJDF-CE) a instauração de inquérito e suspensão preliminar de 30 dias contra o presidente do Barbalha, Lucio Barão. O objetivo é a apuração de supostas irregularidades, como lavagem de dinheiro, desvio de verba do clube e fraude em apostas, cometidas pelo dirigente.

O Esportes O POVO teve acesso à ação, de autoria do procurador-geral Luciano Bezerra Furtado, neste sábado, 23, um dia depois de ter sido protocolada no TJDF. O pedido da Procuradoria foi motivada após o vice-presidente do Barbalha, Roberto Macedo, levar informações ao Tribunal com indícios de irregularidades passíveis de sanção disciplinar.

Cabe agora o presidente do TJDF-CE, Tiago Albano Filho, decidir se acata os pedidos da Procuradoria. Havendo a autorização, será iniciado o processo de investigação para apurar as suspostas irregularidades. Ao final deste trâmite, a Procuradoria pode oferecer a denúncia formal contra o presidente do Barbalha ao Tribunal.

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Consta no pedido de instauração de inquérito algumas das supostas irregularidades cometidas por Lucio Barão. Entre elas, o dirigente teria recebido em sua conta pessoal parte da venda de um jogador do clube ao Ceará; valores da Prefeitura de Barbalha, mas não teria prestado contas de forma regular sobre os gastos; teria desviado e lavado dinheiro da agremiação; e estaria envolvido em fraude de resultados de jogos fantasmas.

A Procuradoria solicita ainda que seja enviado ofício À Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para apurar os indícios de fraude dos chamados jogos fantasmas.

"Convém informar que os atos praticados pelo dirigente envolvem outras entidades de desporto do futebol nacional, vinculados a outros Estados da Federação, como o por exemplo o Paraná e Rio Grande do norte", diz trecho final da peça jurídica do procurador-geral Luciano Bezerra Furtado.

Posicionamento de Lucio Barão

Em nota emitida na última quinta-feira, 21, Lucio Barão afirmou que todas as movimentações financeiras foram realizadas dentro da legalidade, em relação a recebimentos de recursos da Federação Cearense de Futebol (FCF) e os demais patrocínios.

Sobre a venda de jogadores, o dirigente negou que tenha recebido qualquer valor em negociações. Lucio explicou que qualquer situação envolvendo prestação de contas será apresentado à Justiça. O presidente do Barbalha comentou que as informações contra ele encaminhadas ao TJDF já foram objetos de ação judicial no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) e negadas em despacho realizado em fevereiro deste ano.

Ele afirmou ainda que o vice-presidente Roberto Macedo está afastado do cargo desde 2018. Macedo, segundo nota, é réu em processo no TJCE por suposta calúnia contra Barão. Por fim, disse que Roberto Macedo não possui provas.

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