Saiba quem é Raimundo Gomes Matos, candidato a vice-governador na chapa de Capitão Wagner

Com quase 40 anos de vida pública, Matos já exerceu seis mandatos consecutivos na Câmara Federal

Indicado pelo Partido Liberal (PL) para a vaga de vice-governador na chapa encabeçada por Capitão Wagner (UB), o médico e ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos, de 71 anos, completa quatro décadas de vida pública em 2022. Ele disputou uma eleição pela primeira vez em 1982, quando se elegeu vice-prefeito de Maranguape, sua cidade natal. Quatro anos depois, saiu vitorioso na disputa para prefeito. Na Câmara Federal, Matos exerceu seis mandatos consecutivos (1997-2018) pelo PSDB, partido do qual se desfiliou em abril passado, após 31 anos.

Nas últimas eleições que disputou, em 2018, quando tentou renovar o mandato pela sétima vez, ele obteve 44.176 votos, ficando na segunda suplência do partido. Após pouco mais de um ano afastado de cargos públicos, ele foi nomeado, em maio de 2020, para a direção da Superintendência de Planejamento e Articulação de Políticas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Antes de ser anunciado como vice de Capitão Wagner, Matos defendeu que o PL lançasse candidatura própria ao Governo. Ele, inclusive, colocou o seu nome à disposição do partido para assumir a cabeça de chapa. A ideia perdeu força, porém, após o avanço das negociações entre o candidato do União Brasil e o presidente do PL, Acilon Gonçalves, também prefeito de Eusébio. Com o acordo costurado, coube a Gonçalves a indicação do companheiro de chapa de Wagner.

Havia a expectativa de que a vaga fosse ocupada por uma mulher, por preferência do próprio Wagner, mas a relação de proximidade entre Matos e o presidente de seu partido pesou na escolha final. Ao anunciar o nome oficialmente, Wagner ressaltou a trajetória do ex-deputado na gestão pública e o apresentou como um candidato ficha limpa. “Ao longo de mais de trinta anos de vida pública, ele nunca se envolveu em qualquer ato que pudesse desabonar sua conduta”, disse.


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Além dos mandatos eletivos como deputado federal, prefeito e vice-prefeito, Raimundo Gomes de Matos também foi secretário de Ação Social do Estado entre 2003 e 2006, na gestão do então governador Lúcio Alcântara. Durante o período, ele também atuou como presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca).

Em 21 anos de atividade legislativa, Matos apresentou 1.239 projetos de lei, mas apenas 15 foram à apreciação do plenário. Desses, dez foram aprovados e cinco rejeitados. Dentre os aprovados, cinco se tornaram Lei. Uma das propostas transformadas em legislação nacional foi a que instituiu o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. A Lei entrou em vigor em julho de 2009, após sanção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O último projeto de autoria do ex-deputado foi aprovado em 2013, cinco anos antes de ele deixar a Câmara Federal. A matéria instituiu a Política Nacional de Prevenção do Diabetes e da Assistência Integral à Pessoa Diabética. Aprovada por unanimidade, a proposta determinou a obrigatoriedade do exame de glicemia no protocolo de atendimento médico de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2017, já perto de encerrar o último mandato no Parlamento, Gomes de Matos se envolveu em uma polêmica ao justificar a ausência na votação de denúncia contra o então presidente Michel Temer (MDB). O deputado alegou que não conseguiu chegar a tempo no plenário porque havia perdido um voo de Fortaleza, onde mora, para Brasília. No mesmo dia da sessão, no entanto, ele foi visto circulando nos corredores do Salão Verde da Casa legislativa acompanhado do filho, Pedro Matos.

Além de Raimundo Gomes de Matos, outros 19 deputados faltaram à votação que poderia resultar na abertura de investigação por corrupção e obstrução de Justiça contra o presidente. Na época, o PSDB era presidido pelo senador Tasso Jereissati, que se manifestava favorável à aceitação da denúncia. As ausências acabaram favorecendo Temer e a denúncia foi arquivada. 

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