Wagner questiona compromisso do PL Ceará com Bolsonaro: "Aposto que vou fazer muito mais"

Segundo o pré-candidato da oposição ao Palácio da Abolição, muitos integrantes do Partido Liberal não participaram de eventos pró-Bolsonaro realizados no Estado.

O pré-candidato da oposição ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (UB-CE), promete que irá fazer "muito mais" pela campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) do que os próprios membros do PL - partido do chefe do Executivo - no Estado, caso a sigla o apoie. A declaração veio quando questionado, em entrevista à rádio O POVO CBN e CBN Cariri, se tinha receio em associar sua imagem à de Bolsonaro. Wagner demostrou incômodo e pediu que a cobrança fosse ampliada ao PL. 

"Eu queria ver essa mesma cobrança do jornal O POVO em relação aos integrantes do PL. Por que vocês não foram cobrar que nenhum prefeito do PL foi para nenhum evento do PL em apoio ao presidente Bolsonaro? Eu tenho muito respeito, não cabe ficar aqui cobrando, mas o próprio filho do presidente do PL, o Bruno Gonçalves (prefeito de Aquiraz), não compareceu a qualquer evento, não tem declaração pública dos integrantes do PL em relação ao apoio ao presidente Bolsonaro", disparou. 

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Apesar de o deputado federal licenciado ter recebido entusiasmado apoio de Jair Bolsonaro durante a Marcha para Jesus, no último sábado, 16, ele não retribuiu da mesma forma a postura do presidente. Em sua conta no Instagram, por exemplo, de 20 "stories" sobre o evento, nenhum fez menção ao chefe do Planalto, seguindo estratégia revelada pelo próprio Wagner de não nacionalizar a disputa no Estado. Como pano de fundo, está a forte rejeição de Bolsonaro no Ceará. Após ironizar apuração do jornalista Carlos Mazza, - "meus stories estão importantes mesmo" -, o pré-candidato questionou o compromisso de integrantes do PL com a reeleição de Bolsonaro e prometeu se empenhar mais do que eles. 

"Se o PL vier para o nosso arcos de aliança, eu aposto que vou fazer muito mais do que os integrantes do PL em relação à candidatura do presidente", destacou. Lembrou ainda que seu arco de alianças já inclui siglas com outros pré-candidatos à Presidente da República, como é o caso do Avante, Pros e União Brasil. 

"O deputado Junior Mano, meu amigo e companheiro de bancada, ele é de qual partido? Ele foi para algum evento do Bolsonaro? Então eu acho que essa cobrança tem que ser do próprio PL, porque o próprio PL tem obrigação de fazer isso", completou o parlamentar.

Nos bastidores, a ala mais bolsonarista do PL teme que Wagner não garanta um forte palanque para o presidente no Ceará, e já estaria decidido a caminhar em outro sentido e lançar candidatura própria ao Palácio da Abolição. Um possível nome a ser indicado seria a do ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PL), que já colocou o nome à disposição como pré-candidato. A definição sobre o candidato ao Senado ainda depende do andamento de articulações internas na sigla, que possui mais de um nome em disputa.

Capitão Wagner afirma que ainda espera uma posição final do Partido Liberal para definir se deve incluir ou não a legenda em seu arco de alianças, a ser finalizado até a próxima semana. O presidente estadual do UB disse que o partido do prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), possui " tamanho e quadros para indicar", seja um nome para senador ou vice-governador.

"A gente vai desenhar esse palanque e vai depender muito desse arco de alianças fechado até a próxima semana, e eu aguardo a posição do PL, se o presidente Acilon vai estar conosco ou se quer indicar alguém para composição da chapa majoritária. Deixo claro aqui que quero o apoio do PL. O PL tem tamanho e tem quadros para nos indicar, seja nome para senador, para vice, então estou aguardando essa posição", disse Wagner.

 

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