Taça da Copa: veja quatro curiosidades sobre o troféu

Desde a primeira Copa, em 1930, a taça entregue ao campeão do torneio já passou por poucas e boas. Saiba mais sobre a premiação e o troféu oficial da Copa

13:29 | Dez. 27, 2022

Por: Camila Garcia
Messi comemora título da Argentina com a taça da Copa do Mundo 2022 (foto: Adrian DENNIS / AFP)

A Argentina se consagrou campeã da Copa do Mundo de 2022 após derrotar a França nos pênaltis, em um jogo eletrizante entre dois gigantes do futebol mundial: Lionel Messi e Kylian Mbappé. Ao conquistarem o terceiro mundial de sua história, a seleção argentina ergueu o troféu mais cobiçado do esporte: a Taça da Copa.

Desde 1930, ano da primeira edição da Copa, o troféu já mudou de mãos, de aparência e de nome. Veja abaixo quatro curiosidades sobre a taça que oficializa a maior conquista do futebol abaixo.

Copa do Mundo: saiba mais sobre a Taça 

1. O troféu é oco

A taça é entregue aos jogadores pelas autoridades oficiais da FIFA, o corpo que governa o futebol internacional e que organiza eventos globais como a Copa. Mas, o que muitos não sabem é que o troféu não é maciço, ou seja, não é feito inteiramente de ouro.

O material dourado, da qualidade de 18 quilates, serve somente para revestir a taça, que tem cerca de 36cm de altura e é feita de malaquita com 6kg de ouro. O troféu recebido pelo país é uma réplica, entregue após a vitória na final para o ganhador e feito de bronze com banho a ouro.

Se a taça fosse inteiramente de ouro, ou seja, maciça, pesaria cerca de 70 kg. Isso faria com que se tornassem inviáveis os momentos de festejo após a entrega do troféu, quando os jogadores o repassam entre si, erguem acima de suas cabeças e o beijam.

2. Existem restrições para tocar na taça

Não é todo mundo que pode pegar no troféu com as mãos. A lista é elaborada e divulgada pela FIFA, e somente oficiais do alto escalão da organização e dos Estados podem tocá-lo; além de, é claro, os jogadores, treinadores e integrantes da comissão técnica do país vitorioso.

O troféu mesmo fica guardado na Suíça, na sede da FIFA. O que a Argentina receberá é a réplica, assim como acontece com todos os ganhadores da Copa do Mundo.

3. A taça já foi roubada

Por duas vezes, o troféu da Copa já foi furtado. Pela primeira vez na Inglaterra, em 1966, poucos meses antes do início do torneio, que seria sediado na nação responsável pela criação do esporte. E a segunda foi no Brasil, em 1983, ocasião na qual a taça se perdeu em definitivo.

Em 1966, o prêmio voltou às mãos da FIFA após a prisão de Edward Betchley, que havia sequestrado a taça e exigido 15 mil libras para devolvê-la. Eventualmente, a taça foi encontrada em uma cabine telefônica, abandonada, uma semana após a prisão.

No Brasil, em 1983, a taça estava na sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro, por conta de um regulamento da FIFA à época. A regra dizia que qualquer país a ganhar a taça três vezes teria o direito de ficar com ela, e por isso a CBF exibia o prêmio, a última taça Jules Rimet a ser conquistada, em 1970.

Os criminosos envolvidos no roubo foram Sérgio Peralta, que trabalhava como representante do Atlético Mineiro na CBF, e Chico Barbudo e Luiz Bigode, seus comparsas, de acordo com a BBC. A taça nunca foi recuperada, e hoje uma réplica é exibida pela CBF no Rio.

4. A taça atual só foi criada em 1974

Em 1966 e 1983, as taças roubadas eram de um modelo diferente, conhecido como Troféu Jules Rimet. De 1930 a 1970, foi a taça entregue aos países vencedores da Copa do Mundo, e era feita de prata à banho de ouro, com uma base de um azul vivo, de lápis-lazúli. 

O design foi feito pelo escultor francês Abel Lafleur, inspirado pela estátua da Vitória de Samotrácia, exibida em Paris, no Louvre. Outra pequena curiosidade é que a deusa ilustrada no troféu é a patrona da vitória, que se chama Nike (sim, como a marca!)

O nome de Jules Rimet, que foi o terceiro presidente da FIFA, foi dado ao troféu em reconhecimento aos seus esforços enquanto representante da organização para a realização do torneio em um âmbito global.

A taça Jules Rimet foi refeita após 1970, quando o Brasil ganhou o direito de reter o troféu para si de forma permanente, devido ao tricampeonato conquistado naquele ano. Em 1974, era inaugurado o novo design, feito pelo italiano Silvio Gazzaniga: duas mãos que se unem, segurando o mundo acima das cabeças.

Fonte: Superinteressante

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