Ceará pode viver uma nova onda de Covid-19, afirma infectologista

Especialista recomenda a volta do uso de máscaras. Indicação é que pessoas com sintomas gripais voltem a buscar testes para identificar o coronavírus

O Ceará vem observando aumento na positividade de testes para a Covid-19 ao longo das últimas três semanas. A taxa saiu de 1,9% no período de 9 a 15 de outubro para 6,3% no período entre 23 e 29 de outubro. Os dados são da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

"Já estamos em alerta desde que começou a aumentar o número de pessoas procurando pelos testes e o número de positividade desses testes. Possivelmente nós iremos viver sim uma nova onda de Covid-19", afirma Lizandra Damasceno, infectologista do Hospital São José e presidente da Sociedade Cearense Infectologia, em entrevista aos jornalistas Jocélio Leal e Rachel Gomes na Rádio O POVO CBN.

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Ela aponta a chegada da nova subvariante ou uma sublinhagem da Ômicron, a BQ.1, no Ceará. "A gente não tem nenhuma novidade em relação à prevenção. Tivemos uma melhora do cenário devido à imunização e isso fez com que a gente conseguisse voltar a viver uma vida quase que normal. Mas a pandemia nunca deixou de existir", alerta. 

Lizandra recomenda maior precaução, ou seja, uso máscaras de boa qualidade em ambientes fechados e evitar aglomerações. "A gente sabe que essa subvariante, assim como a Ômicron, é muito mais transmissível; ela transmite muito rapidamente entre pessoas muito próximas, pelas gotículas das vias respiratórias. Se a pessoa não tiver nenhum tipo de proteção, essa pessoa possivelmente vai se infectar", diz.

Ela explica que as vacinas protegem contra os casos graves e hospitalizações, mas não impedem a infecção. Os riscos são maiores quando há novas variantes, pois assim como o vírus, as vacinas ainda seguem em evolução. 

"O ideal é que a gente já tivesse aqui no Brasil, como já tem na Europa e nos Estados Unidos, as vacinas atualizadas. São as vacinas bivalentes, que pegam as cepas de Ômicron e produzem anticorpos mais eficazes", continua. "Esperamos que no próximo ano a gente já tenha disponibilidade dessas vacinas mais modernas."

A médica ainda sugere que pessoas com sintomas gripais voltem a se testar para a Covid-19. "São sinais que acometem principalmente as vias respiratórias superiores, então as pessoas podem ter obstrução nasal e coriza, e uma febre mais baixa. Muito parecido com gripe, com resfriado. Por isso, as pessoas acham até que nem é Covid-19, né?", diz. A orientação é que a pessoa se teste para gente saber se é ou se não. "Se for Covid-19, a gente sabe que a transmissão é muito rápida, então você vai estar dentro da comunidade espalhando o coronavírus", frisa.

 

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