Covid-19 e chikungunya: é possível se infectar com as duas doenças ao mesmo tempo?

Apesar de diferentes em termos de transmissão e sintomas, especialista da Fiocruz aponta que não só é possível ser infectado pelas duas doenças ao mesmo tempo, como é esperado que aconteça, caso cuidados não sejam tomados

Com altas nos casos de Covid-19 e chikungunya no Ceará, registradas no último mês de junho, uma nova preocupação surge. Afinal, é possível que uma pessoa seja acometida pelas duas doenças simultaneamente? O epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jesem Orellana, explica que “não apenas é possível, como é o esperado, caso existam condições sanitárias e ambientais para este duplo problema”.

Conforme o epidemiologista, embora sejam duas doenças infecciosas virais que alcançam padrões de transmissão pandêmico, os meios de transmissão, resposta do organismo e sintomas, por exemplo, são relativamente diferentes.

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Transmissão e sintomas

 

No caso da chikungunya, a doença é transmitida por um mosquito (Aedes aegypti e Aedes albopictus) e cada pessoa só é infectada uma vez. Os sintomas são um pouco diferentes de uma síndrome gripal, envolvendo dores articulares e manchas na pele, por exemplo.

Já a Covid-19 é transmitida pelo contato entre pessoas, pode ocorrer mais de uma vez no mesmo indivíduo e a sintomatologia é semelhante a uma síndrome gripal, podendo apresentar febre, tosse, cansaço e perda de paladar ou olfato.

“Neste sentido, as estratégias para combater ambas as doenças são diferentes. No entanto, independentemente da doença, o paciente deve procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima da sua casa”, destaca Jesem.

Orientações

 

Para a Chikungunya, ainda não há vacina ou medicamentos para combate e prevenção da doença. Nesse caso, os cuidados devem ser repouso e tratamento dos sintomas que, em geral, desaparecem sem evoluir para casos graves. Porém, o epidemiologista ressalta que é fundamental que haja orientação de pessoal da saúde, especialmente gestantes e crianças.

Por outro lado, para a Covid-19 já existe vacina e, ao apresentar sintomas da doença, deve-se buscar atendimento de saúde para confirmar o diagnóstico e, assim, iniciar o acompanhamento médico. Além disso, sempre que possível, é fundamental fazer isolamento domiciliar preventivo, por um período de 7 a 10 dias, usando máscara e atentando para a higienização constante das mãos.

“O ideal é que a pessoa só retome suas atividades de vida diárias, depois do total desaparecimento dos sintomas e de exame negativo, confirmando que não transmite mais o vírus”, explicou o especialista.

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