Vacina em spray nasal é o meio mais rápido de acabar com a pandemia, dizem especialistas

Especialistas apontam como caminho para encurtar a vida do coronavírus e suas variantes uma vacina em spray, aplicada no nariz, a qual poderia evitar até a infecção

A internação de pessoas por Covid-19 com até três doses da vacina tem alertado especialistas e gerado dúvidas em relação à vacina intramuscular. Diante da alta de casos da doença, especialistas apontam como caminho para encurtar a vida do coronavírus e suas variantes uma vacina em spray, aplicada no nariz, a qual poderia evitar até a infecção.

A criação desse tipo de imunizante é hoje uma das prioridades de grupos de pesquisas pelo mundo. A ideia central é que a pessoa vacinada não se contamine, e diante da ação imediata do imunizante nasal, não seja possível a transmissão do vírus entre pessoas infectadas. Assim, a pandemia teria um fim. As informações são do programa Fantástico, da TV Globo.

O impacto da vacina é notório, milhões de vidas foram salvas, uma vez que os imunizantes impedem casos mais graves de Covid-19. No entanto, pesquisadores ainda se preocupam. Segundo a epidemiologista Denise Garrett, estudos têm observado que com quatro ou cinco meses as pessoas vacinadas têm uma queda significativa da proteção. Assim é preciso pensar em alternativas para o problema.

“Nós estamos num momento muito crítico da pandemia, porque o que nós temos visto é que o vírus evoluiu e tem evoluído rapidamente, e as vacinas, não. As vacinas foram originalmente desenhadas para a cepa inicial. As variantes estão se especializando em escapar da imunidade e temos o fato também de as vacinas do último reforço já terem sido há algum tempo”, disse ao Fantástico.

Como alternativa para acabar com a pandemia, cientistas dizem ser necessários avanços na criação de vacinas as quais sejam eficazes contra todas as variantes do vírus e que esses imunizantes necessariamente venham a ser aplicadas no nariz, e não no músculo.

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“Se você fizer uma vacina de spray nasal, você vai induzir uma resposta imune local no nariz”, destaca o imunologista Jorge Kalil em entrevista ao Fantástico.


Segundo o imunologista, o vírus da Covid entra em contato com nosso organismo pelas vias respiratórias, nas mucosas, onde em um estágio inicial se multiplica. Na região, os anticorpos gerados pelas vacinas já criadas não conseguem defender os indivíduos. A vacina em spray atacaria o problema na origem.

“Você elimina o vírus na entrada, porque as pessoas mesmo vacinadas atualmente podem ainda infectar o nariz e distribuir o vírus para várias outras pessoas”, esclarece Jorge Kalil. O médico tem buscado no laboratório do Instituto do Coração, em São Paulo, uma vacina que ataque inicialmente o vírus, impedindo a multiplicação.


Atual situação da pandemia


Por conta do aumento no número de casos, inclusive entre pessoas as quais receberam três doses da vacina, várias cidades voltaram a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília já adotam a medida. Sem uma vacina 100% eficaz, Denise Garrett alerta para a efetividade da máscara como meio de proteção.

“É um momento de cautela. E, nesse sentido, uso de máscara. Máscara em ambiente fechado, máscara em transporte coletivo. Não é hora de abandonar todas essas medidas de uma vez. Queremos, sim, voltar com a nossa vida, mas temos que usar de cautela”, ressaltou a epidemiologista ao G1.

 

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