A obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 no mundo

Confira a seguir um panorama sobre as diferentes formas obrigatórias de vacinação impostas no mundo durante a pandemia.

O certificado sanitário se impõe em um número crescente de países para algumas profissões ou atividades, mas a vacina obrigatória é uma raridade, aprovada apenas em alguns países.

Confira a seguir um panorama sobre as diferentes formas obrigatórias de vacinação impostas no mundo durante a pandemia. 

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Em dezembro, o Equador declarou obrigatória a vacina contra a covid-19 a toda a população maior de cinco anos, um ineditismo em nível mundial.

Antes, em julho de 2021, dois países autoritários da Ásia Central, Turcomenistão e Tadjiquistão, bem como o Estado federal da Micronésia, no Pacífico, tinham imposto a vacina aos maiores de 18 anos.

A Áustria é o primeiro país da União Europeia a aprovar uma lei neste sentido, que afetará toda a população adulta e vai entrar em vigor em 4 de fevereiro. Quem a descumprir, poderá ter que pagar uma multa vultosa que será suprimida se a pessoa se vacinar nas duas semanas seguintes.

Na Alemanha, o Bundestag (Parlamento) começou a discutir em 26 de janeiro um projeto de vacinação obrigatória, defendido pelo novo chanceler social-democrata, Olaf Scholz.

Na Indonésia, vacinar-se é obrigatório, teoricamente, desde fevereiro de 2021. Mas na prática, menos da metade da população está vacinada quase um ano depois.

 

Só para adultos 

 

Dois países europeus impõem as vacinas às faixas etárias mais suscetíveis de adoecer gravemente pela infecção.

Na Itália, um decreto-lei aprovado em 5 de janeiro de 2022 obriga todos os maiores de 50 anos a estarem vacinados a partir de 15 de fevereiro.

Na Grécia, a obrigatoriedade vacinal é adotada desde o começo do ano para os maiores de 60 anos. A República Tcheca tinha planejado um sistema similar, mas o novo governo o descartou em janeiro.

 

Para algumas profissões 

 

Desde meados de 2021, vários países impuseram esta obrigatoriedade a algumas categorias profissionais.

Na França, desde 15 de setembro é aplicada a profissionais de hospitais e casas de repouso, bombeiros, motoristas de ambulância e cuidadores domiciliares.

Na Itália, é válida para os trabalhadores de saúde desde o fim de maio e para funcionários de lares para idosos desde 10 de outubro. Também exige-se o certificado de vacinação a funcionários das escolas e das forças de ordem.

Na Grécia, a vacinação tornou-se obrigatória para os trabalhadores de casas de repouso em 16 de agosto e para profissionais de saúde em 1º de setembro.

A Inglaterra a adotou em meados de novembro para funcionários de centros geriátricos e o fará, a partir de abril, para profissionais de saúde.

Na Alemanha, o pessoal médico será submetido à vacinação obrigatória completa a partir de 15 de março.

Em alguns países, este dispositivo não se limita a profissionais sanitários e cuidadores. Na Hungria, desde o fim de outubro, as empresas podem exigir de seus trabalhadores estar vacinados.

No Panamá, o presidente Laurentino Cortizo decretou em 5 de janeiro esta obrigação para todos os funcionários públicos. O mesmo fez Ruanda, que exige que seu funcionalismo se demita caso não queira se vacinar.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden anunciou em 9 de setembro a vacinação obrigatória para cem milhões de trabalhadores, funcionários públicos ou trabalhadores do setor privado. Mas a medida, suspensa em novembro pela justiça federal, foi bloqueada definitivamente pela Suprema Corte em 13 de janeiro.

 

Certificado sanitário 

 

Em um número crescente de países exige-se um certificado de vacinação para ter acesso a alguns locais, realizar algumas atividades ou viajar.

Na Arábia Saudita, o documento é pedido desde 1º de agosto para acessar "não importa qual local privado ou governamental", embarcar em transportes públicos ou sair do país.

No Marrocos, a vacinação é exigida desde outubro para entrar em locais fechados, como hotéis, restaurantes, cafés, comércios e academias de ginástica, em locais administrativos ou para deixar o país.

O mesmo ocorre na Tunísia desde dezembro para acessar escritórios administrativos, escolas, cafés, bancos, etc. E no Quênia, desde dezembro, para acessar serviços, transportes e espaços públicos.

Na Itália, o passaporte sanitário é exigido desde janeiro para acessar transportes, hotéis, terraços de restaurantes, feiras e congressos, piscinas e academias.

Na França, desde 24 de janeiro, é exigido para entrar em cinemas, bares, restaurantes e transportes inter-regionais.

Alguns países, como a Nova Zelândia ou a Austrália, só permitem o ingresso a seus países de viajantes vacinados, como ocorreu recentemente com o número um do tênis mundial, o sérvio Novak Djokovic, que foi deportado e não pôde disputar o Aberto da Austrália por não ter se imunizado.

Os Estados Unidos exigem o certificado para viajantes procedentes do exterior: desde novembro, aos desembarques aéreos, e desde janeiro, às chegadas terrestres e marítimas. Se alguém quiser viajar às Filipinas, poderá fazê-lo, a partir de 10 de fevereiro, mas apenas se tiver se vacinado antes.

 


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