Argentina não cumpriu nenhum protocolo, diz Anvisa

O presidente da Anvisa reforçou que a seleção argentina foi orientada quanto aos quatro jogadores que não poderiam entrar em campo

A partida entre a seleção brasileira e a Argentina que aconteceria neste domingo, 5, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, precisou ser suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Polícia Federal pelo descumprimento das medidas de segurança sanitária. O diretor-presidente, Antônio Barra Torres, afirmou que nenhuma orientação da agência foi cumprida pela delegação argentina durante a preparação para o jogo. Com informações do Globo Esporte.

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Em entrevista à TV Globo, ainda ao vivo, o titular explicou todas as tentativas do órgão até a entrada de agentes da agência em campo. "Tudo aquilo que a Anvisa orientou desde o primeiro momento não foi cumprido. Quando a situação foi identificada, os jogadores tiveram a opção de serem isolados no hotel para aguardar serem deportados. (...) Isso não foi cumprido, eles se deslocaram até o estádio e entram em campo. É uma sequência de descumprimento de descumprimentos", pontuou ele.

O presidente ressaltou ainda que os agentes da PF e da Anvisa foram ao hotel para evitar a saída dos jogadores, mas toda a delegação já tinha se deslocado para o local do jogo. No estádio, a partida chegou a acontecer por alguns minutos e foi suspensa pela presença dos quatro jogadores que apresentaram informações analisadas como falsas. 

O comunicado da agência divulgado horas antes do jogo explica que quatro jogadores argentinos ingressaram no Brasil descumprindo as regras sanitárias do país, ao supostamente declararem, em formulário oficial da autoridade sanitária brasileira, informações falsas. Os jogadores descumpririam a Portaria Interministerial 655, de 2021, a qual prevê que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia estão impedidos de ingressar no Brasil, e precisam fazer quarentena.

A pasta considerou a situação como sendo de "risco sanitário grave", e por isso orientou as autoridades de saúde locais a determinarem a imediata quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro, precisando serem deportados. A Anvisa se reuniu com representantes do Ministério da Saúde e com a Coordenação de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo ainda no sábado para tratar do assunto.

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Em entrevista à CNN Brasil, Barra Torres ressaltou ainda que a sucessão de erros configura infração sanitária e gera deportação imediata. "Desconheço acordos de outras autoridades que tenham autoridade na área sanitária. Não tenho conhecimento de outro tipo de liberação. Estamos agindo no ato da nossa competência com bastante serenidade", disse.

Por meio de nota nas redes sociais, a Comebol afirmou que as eliminatórias da Copa do Mundo são uma competição da FIFA. "Todas as decisões relativas à sua organização e desenvolvimento são da competência exclusiva daquela instituição", escreveu a instituição. 

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