Covid-19: Cabeto diz que novo lockdown é "pouquíssimo provável"

Conforme o secretário da Saúde, se houver terceira onda, será em menores proporções, como pequenos "surtos epidêmicos"

19:56 | Ago. 12, 2021

O secretário frisa que cuidados devem ser mantidos principalmente para evitar contágio da variante Delta, mais transmissível (foto: FABIO LIMA)

Na última semana, Ceará interrompeu o processo de reabertura econômica e, posteriormente, teve confirmação do primeiro caso de transmissão comunitária da variante Delta. Na avaliação do titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o Dr. Cabeto, um lockdown é "pouquíssimo provável". Em entrevista ao programa Debates do Povo, na rádio O POVO CBN, o gestor avaliou riscos da variante Delta e da possibilidade de terceira onda de Covid-19 no Estado. 

"Com a perspectiva que a gente tem, não acredito que vamos ter retrocesso com as estratégias que o Ceará tá tomando. Vamos fazer vacinação em massa até fim de agosto. Fazemos monitoramento intenso com testagem no deslocamento interestadual. Mesmo a gente tendo somente perto de 26% da população com vacinação completa, existe um percentual que já se infectou. Acho pouco provável grandes retrocessos", afirmou.

Ele frisa, contudo, que é preciso estudar o comportamento viral na região e estar atendo às variáveis. O secretário acredita que, se houver terceira onda, não será na mesma dimensão da segunda: "Vamos ter provavelmente surtos epidêmicos menores". 

"Se nada acontecer, se não vacinarmos ou a vacinação mantiver fluxo muito baixo, podemos, sim, ter uma terceira onda. Em números aparentemente menores do que a primeira e a segunda. Mas isso vai ocorrer na dependência do comportamento da população e das barreiras sanitárias que sejam feitas, da velocidade de vacinação e da imunidade estabelecida na população, que isso nós não sabemos", detalhou

Ele explicou que tradicionalmente três critérios são usando para avançar ou retroceder na flexibilização: aumento da incidência de casos, aumento da incidência de internações em UTI ou enfermaria, e aumento da razão de transmissão. "Uma vez havendo isso, nós retrocedemos. Primeiro, para as atividades com maior risco de transmissão, em ambientes fechados, cujo contato interpessoal é maior. Isso é decidido em comitê. Mas nós não temos isso. Temos queda diária e alguns municípios que tem oscilando, com transmissão abaixo de um em todas as regiões", ponderou.

Segundo ele, é preciso saber percentual de pessoas com imunidade adquirida, quem são essas pessoas e onde estão no Ceará, além de ganhar tempo com a vacinação.  "Foi prudente chamar a atenção da população dizendo: olha, não evolua no risco de contaminação", disse. 

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