Foco de Covid gera preocupação nos Jogos de Tóquio; Europa reforça medidas
Este primeiro foco de contágio na Vila Olímpica põe à prova as medidas anticovid-19 que são planejadas há mesesUm primeiro foco de contágio de Covid-19 foi detectado neste domingo, 18, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, acrescentando mais uma dor de cabeça para a organização, enquanto a Europa tenta controlar o surto inesperado da pandemia, endurecendo medidas como as condições de acesso à França e Inglaterra.
A cinco dias da inauguração dos Jogos, a organização detectou dois casos de atletas positivos para o vírus dentro da Vila Olímpica, depois de comunicar na véspera o primeiro caso positivo, um membro do corpo diretivo, dentro da imensa instalação residencial esportiva.
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Esses três casos correspondem "ao mesmo país e esporte", revelou neste domingo um porta-voz do comitê de organização, sem dar mais detalhes.
Este primeiro foco de contágio na Vila Olímpica põe à prova as medidas anticovid-19 que são planejadas há meses.
A União Europeia confia, por sua vez, que o recente endurecimento das medidas sanitárias em alguns estados dará frutos contra a virulenta variante Delta.
Depois de começar sua campanha de vacinação mais lenta que o Reino Unido e Estados Unidos (por problemas de abastecimento), a UE pode se vangloriar por ter ultrapassado os Estados Unidos em porcentagem de população que recebeu ao menos a primeira dose.
Na Espanha, o presidente do governo, Pedro Sánchez, prometeu no sábado que a metade da população terá recebido a vacinação completa na semana que vem e afirmou manter o objetivo de 70% de vacinados até o final do verão boreal.
Na turística ilha de Mykonos, capital da festa noturna na Grécia, as festas terminarão cedo após a imposição de um toque de recolher noturno entre 01h00-06h00, o mesmo horário do aplicado na véspera na cidade espanhola de Barcelona.
Na segunda-feira passada, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou um endurecimento das medidas de combate ao vírus.
Desde sábado, todos os não vacinados têm que apresentar um teste negativo de covid-19 nas últimas 24 horas para entrar na França procedentes do Reino Unido, Espanha, Portugal, Chipre, Grécia e Holanda, além de incluir em sua lista "vermelha" de países com risco pandêmico Cuba, Indonésia, Moçambique e Tunísia.
Quase 114.000 pessoas se manifestaram neste sábado em diferentes cidades do país, segundo o ministério do Interior, para protestar contra medidas como a imposição de vacinações obrigatórias para alguns profissionais ou de um certificado sanitário para acessar a maioria dos lugares públicos a partir de agosto.
A "presença persistente" da variante Beta (identificada pela primeira vez na África do Sul) na França motivou a decisão do governo britânico de submeter os residentes no Reino Unido que voltarem deste país a uma quarentena, mesmo que estejam vacinados.
Esta variante é uma das quatro "de preocupação" designadas pela OMS, junto com a Alfa, Gamma e Delta.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, caso de contato de covid-19, deverá se isolar participa de um programa piloto de testagem diária, anuncou neste domingo Downing Street, uma notícia inoportuna às vésperas do levantamento quase total das restrições na Inglaterra.
O ministro da Saúde, Sajid Javid, anunciou no sábado que deu positivo para o coronavírus. O Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela covid-19, com mais de 128.000 mortes, e os contágios aumentam há semanas, superando 54.000 casos diários no sábado.
Além dos destinos turísticos, as grandes aglomerações de pessoas geram receio de um aumento de casos.
É o caso, por exemplo, dos Jogos Olímpicos, mas também da peregrinação anual a Meca, que começou no sábado com restrições pela Covid-19.