Mais transmissível, variante delta é classificada preocupante por agência dos EUA

A designação científica de "variante de preocupação" é dada quando há provas apontando fatores preocupantes ligados à variante. No caso da variante delta, pesquisadores apontam maior transmissibilidade que preocupa autoridades do país

A variante delta do coronavírus, identificada como B.1.617.2, foi classificada como variante de preocupação nesta terça-feira, 15, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência dos Estados Unidos. A mudança “é baseada em evidências crescentes de que a variante delta se espalha mais facilmente e causa danos mais graves quando comparada a outras variantes”, disse o órgão ao portal estadunidense NBC News.

A designação científica de “variante de preocupação” é dada quando há provas apontando fatores preocupantes ligados à variante, como transmissibilidade mais severa ou redução da eficácia de vacinas ou tratamentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a delta nesta categoria em 10 de maio. Entre 23 de maio e 5 de junho deste ano, a variante delta foi responsável por 9,9% dos casos de Covid-19 nos EUA, conforme o CDC. Nas duas semanas anteriores, o número era de 2,7%.

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O aumento na taxa no país norte-americano não surpreendeu especialistas que acompanham a atividade viral do coronavírus. “Porque [a variante delta] tem vantagem em termos de transmissibilidade, ela toma o controle. É só uma questão de tempo”, disse Wafaa El-Sadr, professor de epidemiologia e medicina da Columbia Mailman School of Public Health, em Nova York.

Circulação da variante delta nos Estados Unidos preocupa as autoridades, principalmente devido à agora dominante atuação da variante no Reino Unido. Pesquisadores acreditam que a delta seja responsável por crescimento mais recente de casos no país inglês. Estudo escocês descobriu que a variante tem dobro de risco de hospitalização em comparação com a variante alfa, identificada pela primeira vez no Reino Unido.

A velocidade do espalhamento da variante é a maior preocupação. É o que afirma Eric Topol, fundador e diretor do Scripps Research Translational Institute, que mantém um site de rastreamento de variantes ao longo da pandemia. “Ela se multiplica a cada sete a 10 dias, o que significa que daqui a três semanas esta variante será dominante [na região estadunidense]. Isso significa que temos de duas a três semanas para concluir a vacinação e interromper essa tendência [de crescimento]”, explicou à CNN.

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