Camilo: orientação para desuso de máscara é "inconsequente e deve ser ignorada"

Em publicação no Twitter, ele escreveu que o item de segurança "continua sendo absolutamente necessário neste momento ainda grave da pandemia"

Orientações contrárias ao uso das máscaras de proteção contra a Covid-19 são “inconsequentes”, ponderou o governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Em publicação no Twitter, ele escreveu que o item de segurança “continua sendo absolutamente necessário neste momento ainda grave da pandemia”. “Máscara ajuda a salvar vidas. Qualquer orientação contrária é inconsequente e deve ser ignorada”, finalizou.

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), argumentou que usar máscara é “mais do que autocuidado, é proteção dos que amamos, é estratégia de prevenção coletiva”. O avanço da vacinação na Capital, segundo ele, não sugere a descontinuidade dessa medida. “Depois de tudo o que vivenciamos e diante das perdas que ainda estamos sofrendo, insistir em contrariar a ciência é temerário. Chega de negacionismo!”

As publicações dos gestores estadual e municipal ocorrem após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar que solicitou ao Ministério da Saúde um estudo avaliando a possibilidade de desuso da máscara por quem já foi vacinado ou contraiu o coronavírus. O cenário epidemiológico do País e o ritmo da vacinação, no entanto, não estão preparados para decisão como essa, conforme afirmam especialistas.

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A declaração de Bolsonaro, dada durante evento realizado pelo Ministério do Turismo, ocorre um dia depois do País chegar a 11,1% da população imunizada com as duas doses da vacina, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de saúde. O número não é suficiente para indicar a dispensabilidade da máscara de proteção por aqueles que já foram vacinados.

Para o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina, ter vacinados dispensando as máscaras é “uma má ideia”. “Enquanto todos não estiverem protegidos, é errado abandonar as medidas protetivas. Se a ideia prosperar será mais genocídio”, criticou. A liberação deve acontecer apenas futuramente, quando o País avançar na vacinação, segundo ele. “Quando acontecer essa cobertura [mais ampla], vamos discutir os riscos”.

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