Trabalhadores param Terminal do Papicu durante manifestação em busca de prioridade na vacinação

Mobilização aconteceu hoje, 24, no Terminal do Papicu. Fluxo de ônibus no local ficou interrompido por duas horas

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 24, no Terminal do Papicu, uma mobilização organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) que pedem prioridade na imunização de trabalhadores da área diante a Covid-19. Fluxo de ônibus no terminal ficou interrompido por duas horas.

Raimundo Evaristo, diretor do STICCRMF, explica o motivo da paralisação. "Nossa construção civil é essencial para trabalhar, mas não é para a vacina. Já morreram seis companheiros nossos da construção civil e a nossa preocupação com a classe trabalhadora é grande. Pedimos a vacina urgente", comenta. Ainda de acordo com as categorias, o fluxo integral de ônibus ainda não foi instaurado. 

Além da vacinação, as categorias cobram melhorias no plano de saúde e também a compra de novas doses de vacina para o Estado. "É um descaso, incluindo o Governo Federal, que não quer comprar vacina para que o povo mais pobre pare de morrer nos seus locais de trabalho", pede Domingos Neto, diretor do Sintro.

"Estamos iniciando hoje essas mobilizações e o que poderá acontecer é a nossa categoria entrar em greve por tempo indeterminado até o poder publico colocar nossa categoria como prioridade na vacinação", ressalta Domingos.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Mudanças, Bens e Cargas do Estado do Ceará (Sindicam), José Tavares, também participau da mobilização. "Nós transportamos alimentos, remédios, todos os insumos que a sociedade necessita. Queremos que Camilo Santana tenha a iniciativa de colocar nossa categoria como prioridade na vacinação. Não só os motoristas, mas aqueles que ficam descarregando os caminhões".

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A mobilização junto da chuva forte que atingiu o bairro gerou aglomerações no terminal e atrasou o expediente de alguns fortalezenses. Ellen Santos, que presta serviço em um hospital, foi uma das afetadas. "Já não tem ônibus, agora com essa paralisação só faz atrasar a vida do povo. Eles tão querendo ajudar, mas só ta atrapalhando", comentou. A opinião da auxiliar de limpeza Antônia Nascimento é diferente. "Tem que ter [a mobilização], os ônibus estão muito lotados", conversa.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) reconheceu o ato realizado na manhã desta quarta-feira, e informou que às 11h o serviço já estava normalizado. O órgão afirmou que está aberto ao diálogo com os trabalhadores.

"O Sindiônibus não foi notificado previamente sobre a ação e repudia qualquer ato que prejudique a circulação dos ônibus e impeça o deslocamento da população. A entidade reitera que o diálogo está sempre aberto e que as pautas devem ser tratadas sob negociação, sem prejuízo ao fornecimento do serviço de transporte".

 


Com informações do repórter Gabriel Borges

 

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