OMS recomenda continuidade do uso da vacina da AstraZeneca

A Organização Mundial de Saúde também recomendou nesta quarta-feira a vacina americana Johnson & Johnson, mesmo em países onde circulam as cepas mais contagiosas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quarta-feira (17) a continuidade do uso da vacina anticovid-19 da AstraZeneca - que teve a aplicação suspensa em vários países devido a possíveis efeitos colaterais, enquanto os especialistas continuam avaliando os dados de segurança.

 

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"No momento, a OMS considera que o balanço de riscos e benefícios se inclina a favor da vacina da AstraZeneca e recomenda que a vacinação continue", afirma um comunicado da agência de saúde da ONU.

 

Diante da incerteza e temores sobre a segurança da vacina sueco-britânica, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, pediu nesta quarta que ela continue a ser usada.

 

"Não há evidências de que essas vacinas tenham causado coágulos", escreveu ele no tabloide The Sun, destacando que é também a opinião do regulador britânico, MHRA, da OMS e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

 

A Organização Mundial de Saúde também recomendou nesta quarta-feira a vacina americana Johnson & Johnson, mesmo em países onde circulam as cepas mais contagiosas.

 

"Recomendamos o uso (da vacina Johnson & Johnson) nos países onde a disseminação de variantes é alta", declarou Alejandro Cravioto, presidente do grupo de especialistas da OMS que analisa a eficácia e segurança do produto.

 

Para recuperar a confiança na vacina AstraZeneca, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse na terça-feira que estava disposto a ser vacinado "muito rapidamente" assim que fosse reautorizada.

 

De acordo com uma pesquisa, apenas um quinto da população francesa a considera confiável.

 

O chefe do governo também mencionou a possibilidade de confinar a região parisiense, com 12 milhões de habitantes, no fim de semana, em face da aceleração da pandemia.

 

Dez países europeus (Alemanha, França, Itália, Eslovênia, Espanha, Portugal, Letônia, Suécia, Luxemburgo e Chipre) juntaram-se à Dinamarca, Noruega e Islândia na lista dos que suspenderam a vacina por problemas de coagulação ou trombose.

 

Em contrapartida, a Austrália pediu à AstraZeneca e à UE nesta quarta o acesso emergencial a um milhão de doses que comprou para abastecer Papua Nova Guiné, que enfrenta um surto.

 

No início de março, a Itália bloqueou o envio de vacinas da AstraZeneca produzidas na Europa para a Austrália. Roma justificou a ação pela "persistente escassez de vacinas e atrasos no fornecimento pela AstraZeneca" na UE.

 

Enquanto isso, e à medida que se aproxima o verão europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou hoje um projeto de certificado de saúde para tornar as viagens dentro do bloco "seguras".

 

O documento, chamado Certificado Digital Verde, registrará que o portador foi vacinado, está imune ou obteve resultado negativo em um teste de PCR. As autoridades esperam implementá-lo a tempo de salvar a temporada turística.

 

 

Já os palestinos receberam nesta quarta sua primeira remessa de vacinas contra o coronavírus do mecanismo Covax para regiões desfavorecidas.

 

Cerca de 60.000 doses das vacinas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca chegaram ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, de acordo com uma fonte da segurança israelense.

 

A UE também espera "mais de 200 milhões de doses" da vacina Pfizer/BioNTech no segundo trimestre, após um acordo para "acelerar" as entregas, informou a Comissão na terça-feira.

 

Por sua vez, o laboratório americano Moderna disse que começou a testar sua vacina em milhares de crianças com entre 6 meses e 11 anos, um ensaio clínico com a participação prevista de 6.750 crianças nos Estados Unidos e Canadá.

 

Um ano após o primeiro confinamento, a Irlanda cancelou, pelo segundo ano consecutivo, as comemorações do dia de São Patrício, normalmente muito agitadas.

 

"Já faz um ano e parece que estamos de volta ao início", lamentou Tom Cleary, gerente de um pub de Dublin desesperadamente vazio, onde havia apenas alguns barris vazios no chão.

 

Por sua vez, as Filipinas vão fechar suas fronteiras aos estrangeiros e reduzir o número de cidadãos que podem entrar no país devido ao aumento de casos.


 

 

 

 

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

vírus vacinas epidemia saúde Prayuth Chan-ocha Matt Hancock Mario Draghi Boris Johnson Emmanuel Macron

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar