Sesa e Aprece articulam ajuda emergencial para garantir oxigênio nos municípios

Com baixos estoques, as cidades têm abastecimento interrompido nos fins de semana pela empresa fornecedora do insumo, apesar de o Estado viver um momento crítico da pandemia de Covid-19

O suprimento de oxigênio hospitalar nas unidades de saúde dos municípios cearenses foi tema de reunião entre gestores da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) na manhã deste domingo, 14. O tema tem preocupado o presidente da Associação, Júnior Castro. Com baixos estoques, as cidades têm abastecimento interrompido nos fins de semana pela empresa fornecedora do insumo, apesar de o Estado viver um momento crítico da pandemia de Covid-19.

No encontro, o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, afirmou que a Sesa irá ajudar os municípios emergencialmente. O gestor ressaltou, ainda, que as unidades da Rede Sesa reservaram estoque de oxigênio hospitalar com número cinco vezes maior que o do primeiro pico da pandemia no Ceará, em 2020. Assim, o abastecimento estaria garantido por 90 dias.

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Além disso, a Secretaria acionou o Ministério Público para adotar providências a fim de que o fornecimento de oxigênio aos municípios cearenses seja normalizado, principalmente nos fins de semana. A empresa Messer Gases Brasil, segundo a Aprece, é a principal fornecedora de oxigênio para as empresas que atendem a maioria dos hospitais municipais com baixos estoques e precisa agilizar com urgência a entrega do gás para esses municípios.

Ao lado do secretário estadual da saúde, na reunião, estavam secretários executivos da Sesa, o atual presidente da Aprece, Júnior Castro, e o ex-presidente da Associação, Nilson Diniz.

Levantamento sobre abastecimento de oxigênio 

Na última sexta-feira, 12, a Aprece promoveu uma reunião com representantes do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Ministério Público Federal (MPF), do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e das empresas fornecedoras de oxigênio medicinal para discutir alternativas e soluções para evitar o risco de abastecimento nos municípios cearenses. A iniciativa busca evitar o colapso no fornecimento do insumo para os pacientes com Covid-19. Na ocasião, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) sobre o tema que será coordenado pela Aprece.

No encontro virtual, Nilson Diniz apresentou dados de pesquisa realizada com os 184 secretários municipais de saúde do Ceará. De acordo com as informações, o cilindro é a estrutura de armazenamento utilizada pela maioria das gestões municipais no Estado (mais de 80%) para a posterior administração do insumo. Além disso, informa que 21 municípios sofreram desabastecimento em alguma unidade de saúde. O levantamento ainda informa que, só entre janeiro e março de 2021, todos os municípios do Ceará consumiram quase 1,3 milhões de metros cúbicos de oxigênio em suas unidades de saúde, o que indica aumento da demanda.

Planejamento

Em nota de esclarecimento divulgada no domingo, 7 de março, a Secretaria da Saúde do Ceará garantiu o abastecimento de oxigênio hospitalar nas unidades da Rede Sesa. Para isso, foram considerado números cinco vezes maiores que a demanda máxima do pico na primeira onda da pandemia de Covid-19, em 2020.

"A Sesa provocou todos os prefeitos cearenses, secretários municipais e gestores de hospitais não pertencentes à Rede Sesa a fazerem o mesmo planejamento, como forma de garantir o abastecimento de suas unidades de saúde, cujas responsabilidades estão relacionadas aos gestores ou ao próprio município", afirma a pasta, no comunicado.

Na nota, a secretaria informa que o Estado se dispõe tanto a orientar sobre o planejamento ou em situações emergenciais quanto a colaborar com empréstimos, a transferências de pacientes e ajustes na condução terapêutica "para garantir o completo e adequado tratamento de toda a população cearense".

Também é destacada a necessidade de obediência às medidas de restrição de deslocamento e aos protocolos sanitários. "Precisamos reduzir o número de pessoas adoecidas as unidades para que o consumo de oxigênio hospitalar e de medicamentos não aumente em demasiado", aponta.

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