Mutação mais transmissível está presente em 71,1% de casos analisados do Ceará, aponta Fiocruz

A E484K é uma mutação do coronavírus encontrada nas três atuais VOCs (sigla em inglês para variantes de preocupação): a P.1, identificada originalmente no Amazonas, a B.1.1.7, no Reino Unido, e B.1.351, na África do Sul

A mutação E484K, associada às três atuais variantes de preocupação, foi identificada em 71,1% de casos do Ceará estudados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segundo nota publicada pela instituição nesta quinta-feira, 4. Pesquisadores da Fiocruz desenvolveram um protocolo que identifica a E484K e analisaram mil amostras coletadas em sete estados além do Ceará: Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais.

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A E484K é uma mutação do coronavírus encontrada nas três atuais VOCs (sigla em inglês para variantes de preocupação): a P.1, identificada originalmente no Amazonas, a B.1.1.7, no Reino Unido, e B.1.351, na África do Sul. Embora o protocolo consiga detectar uma mutação comum a três variantes, “há indicações de que a prevalência que está sendo observada nos estados esteja associada à P.1, uma vez que as outras duas variantes não têm sido detectadas de forma expressiva no território brasileiro”.

Dos oito estados, apenas Minas Gerais e Alagoas não tiveram prevalência da mutação; no restante, mais de 50% das amostras apresentaram a mutação em questão. Segundo o Observatório Covid-19 Fiocruz, a transmissão da variante brasileira está associada à diminuição nas medidas de contenção do vírus e ao aumento da propagação devido à alta circulação de pessoas.

  • Ceará: 71,1%
  • Paraná: 70,4%
  • Santa Catarina: 63,7%
  • Rio de Janeiro: 62,7%
  • Rio Grande do Sul: 62,5%
  • Pernambuco: 50,8%
  • Alagoas: 42,6%
  • Minas Gerais: 30,3%

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“Até o momento, não têm sido observada uma clara associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave, mas estudos adicionais estão em andamento para esclarecer aspectos relacionados com o sequenciamento genético dessas variantes, bem com sua transmissibilidade e o real impacto dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19”, concluiu, em nota, a Fiocruz.

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