São Paulo volta à fase vermelha a partir do próximo fim de semana
A medida determina o fechamento de todos os serviços considerados não essenciais- como salão de beleza e academias, paralisa o comércio, proíbe eventos que gerem aglomerações e coloca o toque de recolher das 20h às 5h
O estado de São Paulo voltará à fase vermelha a partir do próximo sábado, 6, e permanecerá nela até o dia 19 de março. A decisão foi anunciada durante coletiva realizada pelo governador João Doria (PSDB), nesta quarta-feira, 3, e vai colocar toda Unidade Federativa sob restrições mais rígidas como o toque de recolher antecipado e o fechamento do comércio.
Doria iniciou a coletiva falando acerca do recorde de mortes provocadas pela doença atingido pelo Brasil nessa terça-feira, 2, quando foi contabilizado 1.726 óbitos dentro de 24 horas. "Tenho o compromisso da defesa da vida, da defesa da saúde, da defesa da ciência", destacou o gestor, afirmando ainda estar "angustiado" com a situação e que País "vive uma tragédia".
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O governador também aproveitou o momento para falar sobre a situação da rede de saúde de São Paulo, que tem registrado mais de 900 pedidos de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com Doria, 75,3% dos equipamentos desse porte no estado já estão com todas as vagas preenchidas.
Logo em seguida, ele anunciou que todos esses dados- e um pedido do Centro de Contingência, levou o governo a decidir colocar o estado novamente em fase vermelha, como havia ficado durante os piores momentos da pandemia. A medida determina o fechamento de todos os serviços considerados não essenciais- como salão de beleza e academias, paralisa o comércio, proíbe eventos que gerem aglomerações e coloca o toque de recolher das 20h às 5h.
Critico declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador afirmou que o Brasil iria ainda enfrentar semanas piores e que o chefe de Executivo Nacional tem culpa do quadro epidemiológico atual. "Essa é a triste realidade de um país que é comandado por um negacionista, um país que não tem Ministério da Saúde e não tem coordenação de um programa de saúde pública", destacou.
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