Unimed Fortaleza tem maior número de casos de síndrome respiratória por suspeita de Covid-19 desde maio

Em decorrência da crescente demanda, o hospital teve de abrir mais uma ala de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 com 10 leitos extras

O Hospital Regional Unimed (HRU) registrou, segunda-feira passada, 4 de janeiro, o maior número de pacientes dando entrada na emergência com síndrome respiratória desde 21 de maio do ano passado, período do primeiro pico da pandemia no Ceará. De acordo com dados divulgados na tarde desta terça-feira, 5, pelo diretor da unidade, Elias Leite, foram 248 atendimentos do tipo, o que consequentemente acarreta em suspeitas do novo coronavírus. No mesmo período, o total de atendimentos de emergência também foi o maior desde o dia 19 de março, no início da pandemia: 524.

Em decorrência da crescente demanda, o hospital teve de abrir mais uma ala de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19, com dez leitos extras. “Vamos adequando a estrutura todos os dias. Temos que manter os cuidados, não dá para brincar e não dá para baixar a guarda. Os números tendem a continuar aumentando, mas vamos manter o nosso otimismo”, pondera.

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De acordo com o boletim, ontem, 5, 145 pacientes estavam internados no Hospital da Unimed com o novo coronavírus, dez a mais do que na segunda-feira. Pacientes em UTI somam 55 e, em uso de respirador, são 33. Entre o meio-dia de segunda-feira e o mesmo horário de ontem, terça, foram quatro altas e seis internações por Covid-19 na unidade.

Nos hospitais da rede privada na Capital, 69,53% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estavam ocupadas até as 21h02min de ontem, segundo informações do IntegraSus, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Nas UTIs Adulto, o índice era de 80,19%. Ao todo, havia 128 leitos ativos.

A Casa de Saúde e Maternidade São Raimundo e o Hospital Antônio Prudente, respectivamente com oito e 12 leitos ativos, apresentavam 100% de ocupação. Na Otoclínica, dez dos 12 leitos estavam ocupados, e a taxa era de 83,33%; enquanto no Hospital Uniclinic, a taxa era de 80%, com oito dos dez leitos ocupados. Com maior número de leitos disponíveis — total de 52 —, o Hospital Regional da Unimed contava com 41 leitos ocupados, chegando a 78,85% de ocupação.

 

O aumento “discreto” do número de casos percebido desde o período das eleições deve aumentar “um pouco mais” devido às festas e aglomerações do período de Ano Novo, segundo o biólogo e epidemiologista Luciano Pamplona, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Esse contexto é “um alerta importante” para que as pessoas lembrem-se de que o vírus continua circulando no Estado. “É fundamental que as pessoas mantenham o distanciamento físico e que, se saírem de casa, o façam utilizando máscara.”

Para o epidemiologista, é pouco provável que esse seja o início de uma segunda onda da pandemia. “Até porque o ambiente em que estamos nesse momento, o clima que a gente vive nesse momento é diferente do que a gente tinha no ano passado. Então, essa possível segunda onda, se vier, vai chegar provavelmente nos meses de fevereiro e março”, afirma.

Ontem, o Ceará ultrapassou os 339 mil casos confirmados da Covid-19 e atingiu 10.053 óbitos pela doença. São 2.068 casos e 28 mortes a mais do que o informado pela Sesa nessa segunda-feira, 4. Em nota publicada no sábado, 2, a Sesa alertou que os dados desta semana podem apresentar grande variações em decorrência do represamento de informações gerados pelo recesso de fim de ano. (Colaborou Gabriela Custódio)

 
 
 
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