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Pazuello apresenta plano de vacinação contra Covid-19 e questiona: "Pra que essa angústia?"

Camilo Santana estava entre os governadores presentes
11:41 | Dez. 16, 2020
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Atualizada às 12 horas

Atual ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello entregou ao presidente Jair Bolsonaro o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. A cerimônia foi na manhã desta quarta-feira, 16, no Palácio do Planalto, em Brasília. Camilo Santana (PT) esteve presente com governadores de outros estados brasileiros.

Em seu discurso, o ministro disse que era necessário "se orgulhar" da capacidade do País em lidar com saúde pública. Defendeu que "o povo brasileiro tem capacidade de ter o maior programa de imunização do mundo" e destacou o protagonismo na fabricação de vacinas. "Nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Para quê essa ansiedade, essa angústia?", questionou.

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"Hoje, é o plano macro. Amanhã, estaremos definindo com o Ministério da Defesa a ida aos estados e vamos trabalhar para os planos estaduais rapidamente. Tudo isso custeado pelo SUS", afirmou Pazuello. "Não podemos pôr em dúvida a credibilidade da nossa agência reguladora. Cuidado com as pessoas que falam da nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".

O ministro disse ainda que "o mais importante" da cerimônia não era a apresentação do plano de vacinação. "É mostrar que estamos todos juntos. Todas as vacinas produzidas no Brasil, no Butantan, em qualquer indústria, terá prioridade para o SUS. Todos os brasileiros receberão a vacina de forma grátis, nos postos de vacinação", completou.

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Em fala ainda mais breve, o presidente Jair Bolsonaro se disse honrado com a presença dos governadores, mas provocou: "Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução". Ele também prestou homenagem ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e finalizou: "Se Deus quiser, brevemente estaremos na normalidade".

Confira destaques da apresentação:

Nas redes sociais, Camilo Santana defendeu a necessidade da união para que a vacina seja disponibilizada o mais rápido possível. "A vacina é o caminho mais rápido e seguro para superarmos a pandemia de forma definitiva, e não medirei esforços para que isso ocorra o mais breve. Insisto que qualquer divergência, política ou ideológica, deve ser superada em prol do bem maior, que é a saúde da população", escreveu.

O Plano

O plano prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, que receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.

A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio de três acordos: Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses até julho de 2020 e mais 30 milhões de doses por mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses); Pfizer (70 milhões de doses ainda em negociação). Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Anvisa, etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.

"De acordo com o panorama da OMS [Organização Mundial da Saúde], atualizado em 10 de dezembro de 2020, existem 52 vacinas covid-19 candidatas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa. Das vacinas candidatas em estudos clínicos, há 13 em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população. No Brasil, o registro e licenciamento de vacinas é atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pautados na Lei nº 6.360/1976 e regulamentos técnicos como a RDC nº 55/2010", diz um trecho do plano.

Ainda de acordo com o plano, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas.

Além disso, há outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.

Com Agência Brasil

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