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Uece pesquisa uso de vacina veterinária para imunização de humanos contra a Covid-19

Vacina já existe e é usada em animais. Pesquisadores querem observar a viabilidade do antivírus no organismo humano

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) anunciou que está estudando a viabilidade do uso de uma vacina veterinária para a imunização humana contra a Covid-19. O estudo, desenvolvido pelo Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece, está na fase um e apresentou resultados positivos em testes realizados em camundongos.

A pesquisa foi patenteada pela instituição de ensino na última segunda-feira, 28, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com o título “Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo de imunização em mamíferos contra SARS-CoV-2”.

O estudo desenvolvido propõe o uso de um coronavírus aviário em humanos, proveniente de uma vacina que já é comercializada no mercado e não causa infecções em pessoas. Os pesquisadores basearam o estudo em publicações que comprovam que a vacina produz anticorpos específicos contra o coronavírus aviário, sem causar doenças ou fazer reações cruzadas com outros coronavírus.

Os primeiros testes do antivírus em camundongos apresentaram resultados satisfatórios quanto à eficácia de uma vacina futura contra a Covid-19. Os anticorpos produzidos nos animais imunizados com a vacina aviária foram capazes de neutralizar a entrada do SARS-Cov-2 nas células dos bichos. De acordo com a instituição, o teste é teste padrão para a verificação do efeito de proteção contra vírus.

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Em entrevista à Rádio O POVO CBN, o pesquisador Ney de Carvalho Almeida explicou sobre a ideia de estudar a aplicação de uma vacina veterinária em humanos. “A ideia surgiu desde os primórdios da ideia de vacina, quando o pesquisador inglês Edward Jenner, no final do século 18, utilizou para imunização da varíola, na época que afetava a Europa, o vírus da varíola bovina como forma de vacinar os humanos e funcionou”, explica o estudioso.

A pesquisa também é conduzida pelos pelos pesquisadores Mauricio Fraga van Tilburg e Izabel Florindo Guedes, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio/Uece. De acordo com Ney, após a patenteação, os estudos devem seguir conforme forem autorizados pelas instituições de saúde, para em seguida ocorrer a adequação e criação de uma vacina cearense contra a Covid-19.

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