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Durante pandemia, cursos da Rede Cuca são oportunidade para atingir novos públicos, diz coordenador

A falta de internet, no entanto, foi um empecilho para parte dos alunos que acompanhavam as formações presencialmente
15:28 | Ago. 10, 2020
Autor Leonardo Maia
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Leonardo Maia Estagiário
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Tipo Notícia

Atualizada às 14h56min de 11/08/2020

Há cerca de cinco meses, Fortaleza reduzia a marcha. Com o crescimento do nível de contaminação do novo coronavírus, sair de casa parecia cada vez mais improvável e perigoso para maioria das pessoas. O que não foi diferente para os alunos e profissionais da Rede Cuca, equipamento da Prefeitura de Fortaleza que promove cursos profissionalizantes e artísticos para a população juvenil da Cidade. A rede visa ainda possibilidades e alternativas culturais para a periferia do Município.

Luis Fernando de Freitas, coordenador de juventude de Fortaleza, disse que a adaptação da comunidade que frequenta o equipamento, entre professores e alunos, aconteceu rapidamente. Os conteúdos foram transmitidos no curso através de chamadas de vídeo e com atividades que podem ser realizadas a qualquer momento, como se fosse uma “tarefa de casa”.

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Os alunos que não possuem acesso à internet em casa, no entanto, acabaram tendo dificuldades na migração para o meio digital. A demanda para participar das atividades, especialmente as videochamadas, exigem uma quantidade superior de internet quando comparada a aplicativos usuais, como redes sociais e de mensagens instantâneas. De acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a internet não chega a 20% dos domicílios do País.

O coordenador ponderou que a situação atípica permitiu também que um público diferente pudesse acessar os cursos. A necessidade de permanecer em casa, segundo ele, fez com que os alunos não tivesse outra atividade para “concorrer” com as aulas. Os alunos tiveram ainda apoio de uma equipe psicossocial do Cuca, composta por enfermeiros, psicólogos e outros profissionais. “Temos uma comunicação muito boa, sempre entramos em contato para ver como estava a situação deles e de suas família”, enfatizou.

O fotógrafo Caio Carlos, 27, chegou na instituição em fevereiro deste ano e seguiu fazendo cursos durante o período de isolamento social. Ele disse que o equipamento foi, sobretudo, espaço para acolhimento, também no espaço virtual. O estudante considera que o debate e o conhecimento apreendido das atividades à distância foram de grande proveito.

“(O Cuca) é um instrumento transformador de jovens da periferia e de qualquer pessoa que se proponha a frequentar o local. Foi um ótima oportunidade para ocupar meu tempo com coisas produtivas que possam me levar para algum lugar”, considerou. A experiência do estudante pode, inclusive, gerar frutos para além do curso. Uma exposição de fotos da turma que ele participou deve protagonizar algum espaço artístico — virtual ou não.

Serviço

Cursos online da Rede Cuca

Matriculas para os próximos cursos serão abertas na primeira semana de setembro. É possível acompanhar pelo Portal da Juventude

Veja a lista completa de cursos que foram ofertados em agosto

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