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Ceará foi uma das principais portas de entrada do coronavírus no País, diz estudo

Estudo foi publicado nesta quinta-feira, 23, na revista científica estrangeira Science e realizou o sequenciamento de 427 genomas da Covid-19
20:11 | Jul. 23, 2020
Autor Agência Brasil
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Pesquisa de 15 instituições brasileiras, em parceria com universidades britânicas, aponta que o novo coronavírus chegou ao Brasil por mais de 100 portas de entrada. A maior parte das introduções foi identificada nas principais capitais com maior incidência de voos internacionais vindos da Europa, com destaque os estados do Ceará, que tem Fortaleza forte hub aéreo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Estudo foi publicado nesta quinta-feira, 23, na revista científica estrangeira Science.

De acordo com os resultados, somente uma pequena parcela dessas introduções resultou nas linhagens espalhadas por transmissão comunitária no país. O estudo apurou que 76% dos vírus detectados até o final de abril estão agrupados em três grandes grupos, também chamados "clados" (que são grupos de espécies com um ancestral comum exclusivo), que foram introduzidos entre o final de fevereiro e o início de março e se espalharam rapidamente pelo Brasil antes do início das medidas de isolamento social.

Medidas como o fechamento de escolas e comércio, embora insuficientes, ajudaram a diminuir a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil. Esse foi um dos resultados do estudo, que realizou o sequenciamento de 427 genomas do novo coronavírus SARS-CoV-2.

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A investigação contou com amostras colhidas de pacientes positivos para a Covid-19 entre os meses de março e abril, em 85 municípios de 21 estados brasileiros. Segundo os pesquisadores, esse é o maior estudo de vigilância genômica da covid-19 na América Latina.

Transmissão

Os pesquisadores combinaram dados genômicos da SARS-CoV-2, com dados epidemiológicos e de mobilidade humana para investigar a transmissão do vírus em diferentes escalas e o impacto das medidas de intervenção não farmacêuticas (INFs) no controle da epidemia no país, entre as quais o fechamento de escolas e do comércio, que ocorreu no final de março.

Os resultados demonstram que as medidas INFs, embora consideradas insuficientes, ajudaram a diminuir a taxa de transmissão do vírus. No início da pandemia, essa taxa de transmissão foi estimada como superior a 3, passando para valores entre 1 e 1,6 em São Paulo e no Rio de Janeiro.

As amostras do estado do Rio de Janeiro vieram, em sua maioria, do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenado por Amilcar Tanuri, e foram sequenciadas e processadas no Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica, coordenado por Ana Tereza Vasconcelos.

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