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"Tudo indica" que o ministro interino da Saúde será substituído "em breve", afirma Mourão

Declaração foi dada pelo vice-presidente, general Hamilton Mourão, na noite desta terça-feira, 14, em entrevista à Globo News

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que “tudo indica” que o atual ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, deve ser substituído "em breve". Declaração foi dada na noite desta terça-feira, 14, em entrevista à Globo News.

Mourão estava sendo sabatinado sobre a forte presença de militares dentro da ala de apoio de Bolsonaro. Ao mencionar alguns membros das forças armadas, justificando, que todos foram convocados por Bolsonaro diretamente da reserva ou próximo de migrarem para ela, Mourão pontuou o caso de Pazuello, como sendo algo excepcional.

As indagações diante da forte presença de membros militares no Governo surgem após a polêmica declaração do ministro Gilmar Mendes, ao afirmar que os agentes das forças estariam abdicando de suas funções como parte inseparável do Brasil ao compactuarem com as práticas de enfrentamento da pandemia aderidas por Bolsonaro. Tais medidas foram mencionadas como “genocidas” pelo ministro.

Ao ser questionado sobre as decisões do presidente diante das políticas de enfrentamento ao novo coronavírus no País, Mourão afirmou: “Ele buscou passar confiança, à maneira dele, dizendo que seria uma doença que teríamos plena capacidade de enfrentar e sem sermos acometidos por maiores consequências do que aquelas [doenças] que normalmente nos acometem ao longo de um ano”.

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Mourão rebateu as críticas à presença militar no governo Bolsonaro e chegou a cobrar um pedido de desculpas de Gilmar, ainda no início desta semana. Durante a entrevista, o vice-presidente negou a formação de uma “ala militar” do governo e frisou que é contra o profundo envolvimento de militares na política. “Nós que estamos dentro do governo temos procurado essa separação o mais intensamente possível”, frisou Mourão.

O general ainda destacou que vê a co-participação de militares da ativa no governo e nas forças armadas como algo “prejudicial aos pilares das forças, à hierarquia e à disciplina”. Ele pontuou que nenhum general aprova a implementação da política dentro dos quartéis. “Eu quero que meus companheiros na ativa, cumprindo com nossa missão constitucional e não que fiquem me aplaudindo, batendo palmas a mim ou ao bolsonaro”, completou.


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