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Covid-19: Butantã recruta voluntários para testes de vacina em cinco estados e DF

Projeto desenvolvido pelo grupo chinês Sinovac Biotech é uma das vacinas que está em estágio mais avançado de testagem. Caso a imunização se prove eficaz e segura, a CoronaVac terá fornecimento de doses por todo o País até junho de 2021.
09:08 | Jul. 14, 2020
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O Instituto Butantan (ou Butantã) recruta a partir desta terça-feira, 14, voluntários para inscrição e triagem para 3ª fase de testes da CoronaVac, projeto desenvolvido pelo grupo chinês Sinovac Biotech e uma das vacinas contra o novo coronavírus. Serão 9 mil pessoas de cinco estados do País além do Distrito Federal: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Caso a imunização se prove eficaz e segura, a CoronaVac terá fornecimento de doses por todo o País até junho de 2021.

O cadastro pode ser feito pelo site do Governo do Estado de São Paulo, no qual o interessado deve preencher a algumas exigências. Além de ser morador de um dos estados escolhidos, outros requisitos são: a maioridade de 18 anos, experiência profissional na área de saúde, ter contato direto com o novo coronavírus, não ter tido Covid-19, não ter doenças ou condições médicas crônicas e não estar grávida ou planejar engravidar nos próximos três meses.

Caso o voluntário se encaixe nas condições, ele será informado sobre os endereços dos centros de pesquisa que devem ser procurados para, enfim, iniciarem todos os processos para a participação. O processo de testagem se inicia em 20 de julho nos centros e os dados a serem coletados pelos institutos serão sigilosos.

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O processo da CoronaVac

A CoronaVac é uma parceria inédita entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O acordo foi firmado no último dia 10 de junho. Os 9 mil candidatos a possível vacina serão acompanhados por um período de doze meses e, caso a imunização se prove eficaz e segura, um acordo para produção em escala industrial será realizado gratuitamente ao Sistema Único de Saúde (SUS). A testagem foi devidamente autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O antídoto é produzido com fragmentos "desativados" do coronavírus para injetá-lo em humanos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da Covid-19.

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A fase inicial de testes foi realizada com 144 voluntários na China, em que os adultos foram monitorados de perto. Já a segunda fase foi realizada com 600 voluntários também na China, escolhidos de forma aleatória com o intuito de testar a segurança detalhada da vacina. A presente fase final será realizada no Brasil e verifica-se a eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de imunidade.

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A CoronaVac é uma das vacinas que está mais avançada na corrida da imunização contra o novo coronavírus. Junto do projeto chinês, está o empreendimento da AstraZeneca e a Universidade de Oxford - que já iniciou fase de testes no País. Na Região Nordeste, a cidade de Salvador terá 1 mil voluntários dispostos a participar das testagens do produto. Desses, 500 irão receber doses reais, enquanto os outros 500 irão receber uma outra versão, com efeito placebo, para serem do grupo de controle. Ninguém saberá qual dose tomou.

Com informações do Correio*

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