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Bares e academias são identificados como ambientes de supercontaminação, em pesquisa japonesa

Segundo a pesquisa publicada na Emerging Infectious Diseases, locais como bares e academias ficam abaixo apenas das unidades de saúde, como ambientes de maior risco de disseminação
15:10 | Jun. 16, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Pesquisa publicada na Emerging Infectious Diseases identificou que bares, karaokês e academias podem ser ambientes de supercontaminação. O estudo japonês, ligado ao governo norte-americano, avaliou 3.184 casos da Covid-19 confirmados em laboratório, incluindo 309 importados de fora do Japão. As informações são do portal de notícias do Estadão.

Dos 3.184 casos avaliados, os pesquisadores identificaram 61 incidentes em que mais de cinco pessoas foram contaminadas na mesma situação. Familiares ou pessoas que convivem em uma mesma residência foram deixados de fora da análise. Segundo os resultados da pesquisa, como ambientes de supercontaminação, locais como bares, karaokês e academias ficam abaixo apenas das unidades de saúde (30%).

Em seguida estão outros locais de atendimento, como casas de repouso e clínicas (16%). Os bares têm risco de 16%, superior ao observado em locais de trabalho, com 13%. Se levada em conta a quantidade de pessoas contaminadas, o hospital foi o ambiente com a maior disseminação: incluindo pacientes e funcionários, 100 contraíram o coronavírus no mesmo lugar.

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Também em relação à maior quantidade de pessoas infectadas, em segundo lugar apareceu um evento de música ao vivo na qual 30 pessoas acabaram contraindo a doença, entre artistas, público e a equipe que trabalhou no evento. "Observamos que muitos grupos do Covid-19 estavam associados à respiração pesada nas proximidades, como cantar em festas de karaokê, aplaudir em clubes, conversar em bares e exercitar-se em ginásios", dizem os pesquisadores em nota.

Conforme a pesquisa, metade dessas pessoas tinha menos de 40 anos, e 41% estavam em estado de pré-sintomáticos ou assintomáticos quando transmitiram o coronavírus. O estudo foi conduzido pelos doutores Yuki Furuse, Eiichiro Sando, Naho Tsuchiya, Reiko Miyahara, Ikkoh Yasuda e Yura K. Ko e suas equipes, com o apoio do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia no Japão e da Agência Japonesa de Pesquisa e Desenvolvimento Médico. Leia na íntegra.


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