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Oftamologistas alertam que problemas de visão podem ser potencializados durante isolamento

Especialista afirma que a maioria das pessoas pisca 10 a 15 vezes por minuto, e essa frequência pode diminuir em até 60%, quando o usuário está em frente a uma tela, fato comum durante quarentena do coronavírus
19:31 | Mai. 21, 2020
Autor Luana Façanha
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Luana Façanha Social media do O POVO.
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Tipo Notícia

O isolamento social em decorrência da pandemia de coronavírus resulta, frequentemente, em maior uso de meios digitais, seja para trabalhos em home office, assistir aulas, entretenimento ou mesmo para fazer compras. Esse quadro deixa as pessoas mais vulneráveis a desenvolver algum sintoma relacionado à Síndrome Visual Relacionada à Computadores (SVRC), que atinge cerca de 90% das pessoas que utilizam aparelhos eletrônicos por mais de 3 horas diárias, como afirma a Sociedade Brasileira de Oftamologia (SBO).

Entre os sintomas associados estão ardência, dor, cansaço, irritação e vermelhidão nos olhos, além de efeitos mais avançados, como falsa miopia e dores de cabeça, afirmam especialistas da área. O quadro pode evoluir até degeneração macular causada pelo aumento de moléculas tóxicas do olho, desgastando o globo ocular, como afirma estudo realizado pela Universidade de Toledo, em Ohio.

O oftamologista Giuliano Veras explica que um dos principais fatores que causam a SVRC é a luz azul, que está presente em aparelhos eletrônicos e lâmpadas fluorescentes e de led. “A exposição frequente à radiação por fototoxicidade gera efeitos que vão se acumulando nas células da retina, danificando-a” explica Giuliano.

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Segundo o especialista, a mudança de hábitos e de ambiente pode mudar o quadro. O ideal, diz ele, é fazer intervalos regulares de 5 a 10 minutos após uma hora de exposição ao aparelho eletrônico. “Existe a possibilidade de usar colírios lubrificantes para ajudar no alívio de irritações e alergias e, para casos mais severos, existem géis que podem dar mais conforto para as pessoas que estão utilizando aparelhos eletrônicos em excesso. A frequência do uso vai muito do nível de desconforto da pessoa”, explica o médico.

“Também existem colírios que não possuem conservantes, que podem ser utilizados de hora em hora. Então, a cada hora diante do computador, você pinga o colírio. Para casos mais leves, principalmente em pacientes mais jovens, não há necessidade de tanta lubrificação por conta da boa qualidade das glândulas lacrimais. Então, o uso de colírio pode ocorrer entre 3 e 4 vezes, o que já é o suficiente ao dia para resolver bem o desconforto”, explica Giuliano.

 

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