"A batalha da comunicação está par a par com a batalha sanitária", diz Miguel Nicolelis

Para o neurocientista, o Brasil enfrenta uma guerra biológica. A entrevista de Miguel Nicolelis também foi marcada pela explanação do aplicativo "Monitora Covid-19"

No programa "O POVO em casa" desta quinta-feira, 14, o jornalista e âncora da Rádio O POVO/CBN, Luiz Viana, recebeu Miguel Nicolelis, neurocientista reconhecido internacionalmente. Em transmissão ao vivo no Facebook do O POVO, o médico falou sobre ciência, saúde e tecnologia aliadas ao trabalho jornalístico em época da pandemia do novo coronavírus, além do trabalho como coordenador no comitê científico do Consórcio Nordeste.

Para o cientista, o jornalismo sério e comprometido é ferramenta essencial para combater o avanço da Covid-19. "A batalha da comunicação está par a par com a batalha sanitária, porque ela mata pessoas também. O jornalismo é uma arma fundamental contra o coronavírus", pondera.

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Nicolelis discorre sobre as crescentes "fake news", que tornam a população, em especial a brasileira, vulnerável devido "ao entendimento médico e científico menor". "As pessoas tendem a acreditar porque existe um grau de angústia e ansiedade muito grande", disse. O neurocientista falou sobre o Ceará, que tem uma curva acentuada de casos da doença e comentou sobre o pico de 50 mortes diárias que Fortaleza registrou na semana passada.

Nicolelis falou sobre o padrão de contaminação no Brasil, especialmente em Fortaleza. "Eu considero isso uma guerra biológica e o padrão do Brasil é muito peculiar porque veio pela costa. Basicamente pelos grandes aeroportos internacionais, como Fortaleza", comenta.

"Você vê a invasão vindo das grandes metrópoles. Fortaleza, por exemplo, é o lugar que, como o colega Antonio Lima me falou, quando começa o período de gripe você sabe que vai começar a crescer no Brasil", afirma Nicolelis.

Além disso, neurocientista comentou sobre uma "forte possibilidade" da incubação do vírus ser atrelada aos grandes carnavais do País, como o de Olinda, em Pernambuco. Sobre a relação com o Consórcio Nordeste, formado por governadores da região, Nicolelis afirmou que os gestores têm "aprovado unanimemente" as recomendações do Comitê Científico

"Eu detectei uma zona de risco em Imperatriz (Maranhão), uma migração de casos vindo de Marabá, no Pará. Eu vi o governador Flávio Dino, do Maranhão, pegar o celular e avisar imediatamente ao secretário de saúde que precisava reforçar o hospital público de Imperatriz. Foi muito bom que ele agiu imediatamente, talvez uma retomada que não ia ser possível", pontuou.

Aplicativo "Monitora Covid-19" 

A entrevista, que teve a estreia do jornalista Luiz Viana neste modelo de transmissão do O POVO, também foi marcada pela explanação do aplicativo "Monitora Covid-19" desenvolvido pelo Governo da Bahia, em parceria com o Consórcio Nordeste e o Comitê Científico do Nordeste.

O aplicativo, lançado no dia 7 de maio, dispõe de informações sobre a doença e atua no sentido de classificar o risco da pessoa que está com sintomas do coronavírus.

"Você assinala os sintomas e é mandado para uma sala de situação virtual. Dependendo da gravidade, em cinco estados, Bahia, Ceará, Piauí, Paraíba e Maranhão, a pessoa recebe uma ligação da telemedicina e pode ser direcionada ao hospital ou unidade mais próxima de você", explica o neurocientista. Nicolelis afirma que o app é "uma arma para avaliar subnotificação e uma ferramenta para guiar brigadas emergenciais de saúde".

A transmissão completa, e outros programas, estão disponíveis no OP+, nova multiplataforma do O POVO com reportagens, lives e conteúdos exclusivos.

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