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"Vemos cada vez mais AVCs ligados à Covid-19", destaca neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho

O médico também comentou que a hidroxicloroquina não se mostrou eficaz nos casos atendidos no Instituto Estadual do Cérebro, no Rio de Janeiro
11:48 | Mai. 11, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Casos de Acidente Vascular Cerebral tem se tornado cada vez mais comum entre pacientes confirmados com o novo coronavírus, de acordo com o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho. Ele afirma que isso acontece devido ao distúrbio de coagulação causado pelo Sars-CoV-2, que pode afetar também os mais jovens e ser a primeira manifestação da doença. As informações são do portal de notícias Estadão.


De acordo com o neurocirurgião, embora pesquisas laboratoriais indiquem a possibilidade do vírus penetrar o cérebro, isso ainda não tem sido observado nos pacientes. Por outro lado, as complicações causadas pela Covid-19 podem resultar em isquemia de qualquer outro órgão ou extremidades do corpo, como braços e pernas.


“O distúrbio de coagulação ocorre em praticamente todos os casos. Parece fazer parte da doença, é considerado como uma das principais causas da lesão pulmonar e da falência respiratória”, contou o médico, que faz parte da comissão de especialistas criada pelo governador do Rio de Janeiro para avaliar a adesão ao isolamento, testes e vacinas, além de um plano de saída controlada da quarentena no Estado.

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Segundo o médico, o AVC pode ser ainda a primeira manifestação da doença, com risco de afetar também os pacientes mais jovens. “Isso se deve aos distúrbios da coagulação causados pelo vírus, que lesam as paredes das artérias, desencadeando o processo de trombose”, explicou Niemeyer. Ele destaca a obesidade como outro fator de risco para os mais jovens.


Para o Estadão, Niemeyer também comentou que a hidroxicloroquina não se mostrou eficaz nos casos atendidos no Instituto Estadual do Cérebro, no Rio de Janeiro. “Suspendemos seu uso por causa das graves arritmias cardíacas que esses pacientes apresentavam”, esclareceu. Conforme o médico, a substância não demonstrou evidências de melhora durante o tratamento dos infectados.

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