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Teich diz que Ministério da Saúde nunca foi contra isolamento e pede que questão não vire política

Em audiência pública para senadores, ministro da saúde admitiu ainda não saber quando será o pico do coronavírus no Brasil
Criticado por senadores e na defensiva durante audiência pública, o ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu que a discussão sobre o isolamento social na pandemia da Covid-19 não se torne política. "Não ter neutralidade na avaliação ao que acontece é muito ruim porque senão a gente sempre vai polarizar para o lado político", afirmou. Segundo ele, a orientação do Ministério nunca mudou, sendo sempre favorável ao isolamento. 
"A gente como ministério nunca se posicionou para a saída do distanciamento. Isso tem de ficar muito claro. Nunca", disse, responsabilizando governadores e prefeitos por eventuais flexibilizações. 
O ministro declarou ainda que, ao falar sobre a Covid-19, estava se concentrando no bem-estar das pessoas. "A minha única preocupação são as pessoas. Eu não vou aceitar discutir isso politicamente", declarou Teich quando a sessão do Senado já durava três horas e meia.
Em outro ponto, ele voltou a citar da necessidade de protocolos de flexibilização do isolamento social específicos para cada região do País. "Uma diretriz do Ministério vai sair, e cada estado vai usar essa diretriz dentro da sua realidade. O que a gente faz aqui é trabalho conjunto com estados e municípios."
Para ele, um dos desafios é identificar quando será o ápice de casos de coronavírus no Brasil.  "Quando vai ser o pico (da Covid-19)? Não sei e ninguém sabe. As datas que a gente projeta hoje são suposições"
O Brasil registrou 449 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, o total oficial de vítimas no País chegou a 5.466. O ministro anunciou um estudo da pasta para mudar a orientação de isolamento social, em que o distanciamento valeria apenas para algumas pessoas e regiões do País com Estados e municípios tomando a decisão final.
Criticado por ter falado em um relaxamento no isolamento, Teich ponderou que a mudança vai depender de uma queda na curva de casos. O ministro chamou a atenção para a possibilidade de pessoas ficarem doentes por outras razões ao ficarem em casa e do aumento na violência.
"Tem mais de 1,3 milhão de pessoas que morrem no Brasil por ano. Então eu não posso olhar, por mais que eu sofra com o número da Covid, eu não posso deixar 1,3 milhão de mortes sem prestar atenção nelas também. Não é correto isso."
 

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