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Sindicato dos Odontologistas denuncia falta de EPIs em postos de saúde de Fortaleza

O Sindiodonto afirma que categoria é uma das mais expostas à contaminação por Covid-19
07:35 | Abr. 28, 2020
Autor Redação O POVO
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O Sindicato dos Odontologistas (Sindiodonto) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) denunciaram a falta de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s) específicos para a profissão em postos de saúde de Fortaleza. A situação já havia sido relatada em audiência feita por videochamada no início de abril.

De acordo com Cleyton Magalhães, membro da coordenadoria geral do Sindicato, médicos odontologistas precisam de EPI’s específicos para os atendimentos. Conforme ele, os kits fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) "não contemplam todos os trabalhadores”. “Tal fato implica diretamente no aumento do risco de contaminação dos trabalhadores, principalmente os cirurgiões dentistas que trabalham há aproximadamente 20 cm da boca dos pacientes. No momento, estamos atendendo apenas urgências odontológicas. Todos os tratamentos eletivos estão suspensos por causa da carência e racionamento dos EPIs. Somos a categoria de maior probabilidade de contaminação”, afirma.

De acordo com o coordenador geral da Sindiodonto, os odontologistas precisam de gorro e jaleco com gramadura mínima de 30g/m2 ou impermeável para atendimento de pacientes com Covid-19, máscara biológica N95 ou PFF2 ou superior, protetor facial ou óculos de proteção, luvas descartáveis, sabão e papel toalha descartável.

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Em Ata de Audiência sobre o ocorrido, é possível acompanhar que representantes da Sindiodonto apresentam estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro que comprovam que profissionais da saúde bucal estão mais expostos à contaminação, e pedem, de acordo com o documento, a instalação de “postos de referência” compostos com um número compatível de funcionários para os quais haja EPIs, considerando a limitação de quantidade do material.

O Sindicato também manifesta interesse em ter acesso ao documento produzido pelo Centro Operacional Emergencial (COE) sobre afastamento de pessoas em grupos de risco. 

Em nota, a SMS afirma que reorganizou os serviços nos 113 postos de saúde da Capital, sendo atribuição dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) proporcionar o acolhimento e atendimento aos usuários. Os profissionais de saúde estão atuando com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tais como máscaras, gorro, jaleco descartável, protetor facial, luvas de procedimento. A secretaria confirma que cada unidade conta com uma equipe de Saúde Bucal (dentista e auxiliar de dentista) que realizam o atendimento de urgência odontológica, e os casos mais complexos são encaminhados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

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