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Venda de testes rápidos para Covid-19 em farmácias pode ser aprovada pela Anvisa na próxima terça-feira

O tema consta como um dos assuntos deliberativos de regulação em próximo encontro da pasta governamental, que será na próxima terça-feira, 28; testagem não é conclusiva e precisa de outros métodos para diagnóstico final
13:00 | Abr. 24, 2020
Autor Marília Freitas
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Marília Freitas Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deliberará sobre a venda de testes rápidos para a Covid-19 para farmácias do País na próxima terça-feira, 28. O tema consta como um dos assuntos deliberativos de regulação em próximo encontro da Diretoria Colegiada da pasta (Dicol) e será proposta uma abertura de processo administrativo pelo diretor relator Antônio Barra Torres.

Denominada como caráter temporário e excepcional, a prática, se aprovada, dispensa a análise de impacto regulatório e de consulta pública devido ao alto grau de urgência e gravidade da situação. Se aprovado, a tendência é a venda do teste em farmácias e drogarias de todo o País o mais rápido possível.

Conforme em nota enviada ao O POVO, a possibilidade de comercialização dos testes em farmácias e drogarias do Ceará já havia sido solicitada anteriormente à vigilância governamental e ao Ministério da Saúde pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Em resposta, foi solicitado que a pasta estadual aguardasse mais informações da Anvisa, responsável pela liberação da venda e realização de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus nesses estabelecimentos.

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O empresário e fundador da rede Pague Menos anunciou durante live do Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide) a comercialização de testes rápidos da Covid-19 em farmácias da rede a partir da próxima semana. Deusmar confirmou a aprovação do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o dia 28 de abril. Em nota enviada ao O POVO, a assessoria da rede informou que aguarda liberação dos exames pela pasta e que não está realizando a aplicação dos testes até então.

Testes rápidos são alternativas para detecção do novo coronavírus, mas não são suficientes para diagnóstico final

A deliberação de urgência do tema soma-se as resoluções anteriores da Anvisa, que estabeleceu no último dia 18 de março regras extraordinárias e temporárias para agilizar a análise de pedidos de registros de testes para a detecção do novo coronavírus. Isso significa que a pasta está dando prioridade a requisição de empresas que oferecem os serviços e produtos de testagem, com prazo médio de 15 dias de análise.

Os testes rápidos podem ser utilizados para detectar se a pessoa teve ou não contato com o novo coronavírus. Isso acontece porque, na produção das defesas do organismo, os anticorpos do tipo Imunoglobulina M e Imunoglobulina G são os primeiros a aparecer em pacientes que podem possuir o Sars-CoV-2. No entanto, limitações no teste que impedem o diagnóstico por Covid-19 apenas com o resultado da testagem. Por esse motivo o teste rápido não detecta especificamente o novo coronavírus, mas sim os anticorpos produzidos pelo paciente depois de a infecção ter ocorrido. 

O exame é feito com o uso de amostras de sangue, soro ou plasma e conseguem dar resultados entre 10 a 30 minutos. O teste é indicado para exames a partir do sétimo dia após o início dos sintomas, tempo necessário para assegurar que haverá anticorpos suficientes no organismo que possam ser detectados no teste rápido. Apenas o resultado do teste não condiz o diagnóstico final por Covid-19 e precisa ser avaliado com outros exames, sintomas e informações clínicas por um profissional da saúde, o que pode levar um tempo.

A comercialização de testes rápidos para Covid-19 possibilita um aumento no número de casos do novo coronavírus no Estado, visto que estarão disponíveis para mais pessoas realizarem. O governo do Estado já viabilizou a compra de kits de testagens rápidas para detecção da doença, mas são destinados a grupos específicos do governo, como profissionais de saúde e da segurança, além de pacientes internados suspeitos de coronavírus com sintomas graves por mais de sete dias.

O POVO anteriormente apurou que uma rede de farmácias da Capital estaria comercializando kits de testagem rápida para a Covid-19. O Conselho Regional de Farmácia do Ceará (CRF-CE) reforçou que os resultados destes testes precisam ser relatados ao governo municipal e estadual para fins de controle epidemiológico. A prática continua como proibida até deliberação final da Anvisa.

 

 

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