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Bolsonaro lidera o Brasil "para matadouro" por Covid-19, diz Lula

Segundo Lula, as ações de Bolsonaro podem exigir das instituições a avaliação de um possível impeachment
10:49 | Abr. 17, 2020
Autor Redação O POVO
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou em entrevista que Jair Bolsonaro está liderando brasileiros para o “matadouro” com tratamento dado à pandemia do novo coronavírus. Acusando o presidente de irresponsabilidade criminosa, Lula apontou que, ao minar o distanciamento social e definir o próprio ministro da Saúde, Bolsonaro coloca o País em risco, o que pode exigir das instituições a avaliação de um possível impeachment. As informações são do portal de notícias The Guardian.


Segundo Lula, as ações “grotescas” de Bolsonaro colocam vida dos brasileiros em risco, ao induzir que parte da sociedade seja contaminada com o coronavírus, ignorando as diretrizes de distanciamento adotadas pelo próprio Ministério da Saúde do Brasil. Dessa forma, o líder “troglodita”, como ele se refere a Bolsonaro, arrisca repetir cenas devastadoras que acontecem no Equador, onde as famílias despejam entes queridos nas ruas, sem ter onde sepultá-los.


“Não podemos apenas querer derrubar um presidente porque não gostamos dele”, admitiu Lula, em entrevista ao The Guardian. “[Mas] se Bolsonaro continuar cometendo crimes de responsabilidade, e tentando levar a sociedade ao matadouro - que é o que ele está fazendo - acho que as instituições precisarão encontrar uma maneira de classificar Bolsonaro. E isso significa que você precisará ter um impeachment”, pontuou.

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Lula, no entanto, destacou que não há apoio para a realização de um impeachment no Congresso brasileiro, diferente do cenário observado em 2016, quando sua sucessora de esquerda, Dilma Rousseff, sofreu impeachment. Para os políticos de direita, afirma Lula, é mais prudente que Bolsonaro continue sabotando suas chances de reeleição em 2022 “por sua própria incompetência”.


O ex-presidente, no entanto, sinalizou que não seria o candidato de esquerda a concorrer pelo cargo mais alto do país. "Perdi meus direitos políticos, então não estou falando de mim mesmo", disse Lula, que foi afastado da eleição de 2018 após ser preso por acusações de corrupção e libertado em novembro de 2019, por uma decisão da suprema corte.

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