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Coronavírus: pesquisadores de Harvard indicam que distanciamento social pode ser necessário até 2022

O estudo aponta cenário em que, se a vacina for desenvolvida, a imunidade ao coronavírus pode ser temporária
20:06 | Abr. 14, 2020
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Em estudo publicado na revista Science, pesquisadores da Universidade de Harvard indicam que distanciamento social pode ser necessário até 2022, em intervalos regulares. A possibilidade é indicada caso nenhuma vacina eficaz seja desenvolvida. A equipe do Departamento de Epidemiologia de Harvard usou dados de outras formas similares ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) para simular a variação de cenário que o vírus pode apresentar. As informações são da Folha de S. Paulo.

A tendência é que a Covid-19, doença causada pelo Sars-CoV-2, apareça todos os anos, ou a cada dois anos consecutivos, assim como outras doenças que apresentam sintomas leves e moderados de um resfriado. No estudo, a reprodução básica, que pode ser tida como a capacidade de transmissão da doença, foi comparada entre versões mais “leves” do coronavírus com a que estamos presenciando.

Um dos resultados é que a "mais leve" oferece nível de contaminação de até duas pessoas por portador do vírus. Enquanto o Sars-CoV-2 chega a infectar até três pessoas, variando a letalidade de acordo com a reação do sistema imunológico de cada um. Outro fator apontado é que não se tem comprovação de que o novo coronavírus atua de forma sazonal, dependendo da estação ou época do ano, como os demais vírus semelhantes que apresentam maior contaminação em determinados períodos mais quentes ou frios.

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Mesmo com o desenvolvimento de uma vacina eficaz, ainda não será totalmente garantida a imunidade ao Sars-CoV-2. Assim, seria necessário verificar o impacto tanto da vacina quanto dos medicamentos usados no tratamento. A medida apontada pela pesquisa é analisar o maior número de pessoas para determinar se os anticorpos contra o vírus são capazes de detê-lo e por quanto tempo.

Quanto ao distanciamento social, os pesquisadores indicam que, com as pessoas postas em isolamento completo em períodos relativamente curtos, os resultados podem ser piores. Já que, com o retorno à normalidade, não haverá chances de desenvolver defesas rápidas contra o vírus. O mais eficaz seria a aplicação de isolamento em períodos longos, de até 20 semanas. Assim, seria garantido a diminuição da reprodução do vírus entre 20% e 40%, ocasionando redução no tamanho do pico da doença.

Todos esses cenários apontados pelos pesquisadores foram realizados sem levar em consideração sistemas econômicos, sociais ou políticas de específicas de prevenção. Apenas a questão de estudo e análise científica.

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