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Em evento do Lide, médicos defendem hidroxicloroquina para pacientes com coronavírus

Ainda sem medicação específica, a Covid-19 poderia ser combatida com o uso desse medicamento, que causa uma série de efeitos colaterais

“O uso da hidroxicloroquina no combate ao coronavírus”. Esse foi o tema de debate com médicos realizado na tarde desta quarta-feira, 8, em evento virtual realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide Ceará). Repleto de polêmicas, o uso do medicamento foi defendido como um auxiliar no combate ao novo coronavírus.

Entre os debatedores e defensores esteve a médica do Hospital Albert Einstein, Nise Yamaguchi. Segundo ela, na existência de muitos “Brasis”, é preciso que haja tratamentos especiais tanto para cidades com poucas infecções como para cidades onde o avanço do vírus está mais acelerado — tal qual Fortaleza. O uso da hidroxicloroquina e de azitromicina, diz, pode contribuir com o processo de tratamento dos pacientes.

“Muitos de nossos colegas médicos, por exemplo, que foram contaminados e estão melhorando, receberam dosagens dessas medicações”, citou a médica que faz parte do gabinete de crises do Governo Federal para o combate à Covid-19. Acreditando na adoção dos cuidados rápidos com das pessoas contaminadas, Nise afirmou que o tratamento precoce aumenta as chances de cura dos pacientes, evitando assim as internações em hospitais.

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Na mesma linha de raciocínio, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, assinalou que o uso do medicamento deve ser feito logo no começo. “A hidroxicloroquina não funciona na inflamação, mas na replicação do vírus que agride e debilita a pessoa contaminada”, disse.

Já o chefe do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Anastácio de Queiroz Sousa, disse ser “totalmente favorável” que as pessoas contaminadas recebam tratamento com os medicamentos. "Essas medicações que estão sendo utilizadas não são experimentais, mas utilizadas há anos pelos médicos”, continuou, sobre o remédio usado preferencialmente para casos de lúpus, artrite reumatoide e malária.

Quanto às pesquisas e possíveis produções de vacinas contra o novo coronavírus, Anastácio classificou como situações “complexas” de serem tratadas. “Uma vacina leva tempo para ser aplicada na população, porque quando se tem várias fases de desenvolvimento da doença, temos de ter a certeza de que a vacina será eficaz e também segura”, evidenciou.

Ministro da Saúde

Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é preciso que “todos tenham maturidade, visão, foco e disciplina” para lidar com o atual momento. Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, que é defensor ferrenho do uso da cloroquina — e a defendeu em discurso nesta mesma noite —, não teria feito nenhuma imposição para o Ministério.

“Ele defende, como todos nós defendemos, que se há chance melhor para esse ou aquele paciente, que a gente possa garantir o medicamento”, disse Mandetta, complementando: “Mas ele também entende que, quando a gente coloca situações que podem ser complexas, é preciso que os conselhos de medicina analisem a questão”.

Debate sobre cloroquina

Nise Yamaguchi, Pedro Batista Júnior e Anastácio de Queiroz Sousa foram os convidados especiais do evento promovido pelo Lide Ceará. Empresários como Beto Studart, Edson Queiroz Neto, Emília Buarque, Deusmar Queiroz e Mariana Serra participaram do momento.

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