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Conjuntivite pode ser sintoma de casos graves da infecção por coronavírus, apontam estudos

A afirmação foi feita pela Academia Americana de Oftalmologia após três pesquisas sobre a suspeita
22:19 | Abr. 06, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

Além de febre alta, tosse seca e dificuldades de respirar, conjuntivite pode ser um dos sintomas apresentados pelos pacientes com casos mais graves da infecção pelo novo coronavírus, a Covid-19. A afirmação foi feita pela Academia Americana de Oftalmologia após três pesquisas com a suspeita. No Ceará, os sintomas mais comuns relatados têm sido febre e tosse seca.

A conjuntivite é um processo inflamatório da conjuntiva, membrana transparente que reveste a maior parte do globo ocular. Segundo especialistas, ela é sintoma comum em quadros gripais de infecção das vias superiores da face. A inflamação ocorre após o contato do vírus com o globo ocular.

Os estudos da Academia Americana de Oftalmologia detectaram a presença do Sars-CoV-2 nas lágrimas dos pacientes com manifestações mais graves da Covid-19 que desenvolveram quadros de conjuntivite. Segundo os estudos, a concentração encontrada é considerada baixa, mas os profissionais de saúde alertam para que quem tiver contato com algum paciente nestes parâmetros, tenha cuidado também com as lágrimas e secreções dos olhos, pois, ainda que em menor escala, pode haver o risco de transmissão da doença.

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O subchefe do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Daniel Vitor Santos, comentou sobre a relação do sintoma com o novo coronavírus. Daniel alertou sobre os perigos do uso de receitas caseiras e destacou que, nos casos de conjuntivite no atual cenário de pandemia, o paciente só deve procurar uma unidade de saúde em se sentir falhas e sensação de perda de visão ou desenvolver quadro de insuficiência respiratória.

Além dos cuidados usuais com a higiene como forma de prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, os estudos destacaram que quem rotineiramente usa lente de contatos precisa redobrar a atenção, pois elas podem se tornar porta de entrada para o vírus. As recomendações são reduzir o tempo de uso e intensificar a higiene das lentes ou então optar pelo uso dos óculos, que além de diminuir os riscos, funciona como uma barreira física entre os olhos e o mundo exterior.

Daniel afirma ainda que a melhor forma de tratar o sintoma isoladamente é em casa, utilizando soro fisiológico gelado para realizar higienização constante dos olhos até o desaparecimento dos sintomas. Os esclarecimentos do médico brasileiro foram divulgados pela UFMG.

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