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Ceará deve ser o primeiro estado a atingir pico de casos e número deve superar RJ, afirmam especialistas

Pesquisa da Rede CoVida, vinculada à Fiocruz, estima que o Ceará deverá registrar 3.053 casos até o dia 8 de abril
10:39 | Abr. 06, 2020
Autor Júlia Duarte
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Júlia Duarte Estagiária
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Tipo Notícia

O Ceará pode enfrentar a situação mais crítica de casos a partir de 25 de abril. Segundo previsões de especialistas baseados no crescimento de casos, o estado deve ser o primeiro a atingir o pico da epidemia. O dado foi fornecido pelo boletim da Rede CoVida, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na sexta-feira, 3.

Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde neste sábado, 4, revela que a transmissão de Covid-19 pode chegar a condição de aceleração descontrolada no Ceará.

A estimativa dos especialistas é de que até o dia 8 de abril, o Ceará ultrapasse o Rio de Janeiro e se torne o segundo com maior número de casos, com 3.053 confirmados. São Paulo continuaria em primeiro lugar, com mais de 11 mil casos.

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Na mesma data, os mais de 50 pesquisadores que realizaram a pesquisa estimam 27 mil casos em todo território brasileiro. Eles também calculam 1.099 mortes, caso a taxa de mortalidade no País se mantenha em níveis atuais (4,03%).

Além do Ceará, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais estão sendo destacados e analisados com mais atenção. Se a previsão de crescimento de casos continue no mesmo ritmo, a demanda da rede de saúde vai disparar rapidamente.

O estudo foi feito por mais de 50 pesquisadores, entre matemáticos, epidemiologistas, sanitaristas, estatísticos, físicos, cientistas da computação, bioinformatas, economistas e comunicólogos. O especialistas integram uma iniciativa conjunta do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e da Universidade Federal da Bahia (Ufba), com apoio de outras instituições e colaboradores voluntários.

Para a análise dos dados, foi utilizado o modelo SIR. Este tipo de estratégia analítica separa os casos em grupos de indivíduos classificados como Suscetíveis, Infectados e Recuperados/Removidos (SIR). Em que suscetíveis são aqueles indivíduos ainda não expostos e que podem adquirir a infecção; Infectados são os indivíduos infectados, doentes ou não, que podem transmitir para outras pessoas; Recuperados/Removidos: indivíduos que se infectaram ou adoeceram e se recuperaram, adquirindo imunidade; ou os que morrem em decorrência da doença.

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