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Com famílias confinadas, venda de gás de cozinha sobe 20% em Fortaleza

Procura pelo produto tem aumentado também em outras regiões do país, segundo pesquisa do aplicativo Chama
14:52 | Mar. 27, 2020
Autor Victor Hugo Pinheiro
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Victor Hugo Pinheiro Repórter do Esportes O POVO
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Tipo Notícia

Com muitas famílias passando boa parte das horas do dia em suas casas, o botijão de gás passou a ser um produto usado diversas vezes ao longo do dia em Fortaleza. Em decorrência do uso excessivo do gás de cozinha, as compras deste tipo de mercadoria tem crescido nas últimas duas semanas - período em que o governador Camilo Santana decretou o início da quarentena no Estado.

O POVO apurou que as vendas do gás de cozinha aumentaram cerca de 20% nos últimos dias. Com isto, as revendas do produto estão observando um pequeno aumento no faturamento do produto. Essa alta demanda também foi observada em outros regiões do Brasil

Uma pesquisa feita pelo aplicativo Chama - uma plataforma responsável por conectar revendedores de botijão de gás a consumidores - indicou que o volume de vendas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre aumentou em 35%. O aumento da procura pelo produto também impactou no preço, que acabou subindo.

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A pesquisa do aplicativo do Chama, em São Paulo, indicou que a média dos preços era de R$ 71 e agora pode ser encontrado por até R$ 81. Já em Curitiba, a média anterior era de R$ 69 e atualmente custa R$76. Enquanto em Belo Horizonte, os preços saíram de R$ 71 para R$75.

Em contrapartida, o preço do gás de cozinha não subiu na capital cearense e em outros municípios do Estado. Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do produto é de R$ 78 no Ceará, com o mais barato sendo encontrado por R$ 75 e o mais caro por R$ 89. Apesar de a pesquisa da ANP ter sido publicada há dez dias, não houve alteração no valor da mercadoria até agora.

Questionado sobre a possibilidade de aumento do preço do gás de cozinha, o especialista na área de gás e petróleo, Bruno Iughetti, descarta a possibilidade. “Não há menor condição de ter uma alta do produto GLP (gás de cozinha). Não faz sentido. Uma vez que a Petrobras está aplicando reduções em decorrência da queda da demanda do mercado interno e também pelo valor do petróleo cru no mercado internacional, que está atingindo patamares nunca vistos. Hoje, por exemplo, fechou em US$ 27. Isso terá consequência no gás de cozinha, já que a Petrobras está em um processo de queda nos valores dos combustíveis”, afirma.

Iughetti diz ainda que, no Brasil, no último fim de semana, nos dias 20 e 21 de março, houve queda de 50% no consumo de gasolina e diesel. A redução foi ocasionada pelas medidas de quarentena adotadas em todo o País. 

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