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Cidade na China registra recorde em pedidos de divórcio durante confinamento causado pelo coronavírus

Além do estresse do confinamento, outra explicação para aumento seria o tempo que os cartórios estiveram fechados durante a quarentena
19:36 | Mar. 24, 2020
Autor Redação O POVO
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Algumas localidades da China registraram aumentos expressivos no número de pedidos de divórcio nas últimas semanas. Em alguns distritos, todos os horários disponíveis para finalizar casamento nos escritório locais do governo estão reservados pelas próximas semanas. As informações são da BBC.

A capital da província de Shaanxi, Xi'am, registrou recorde no número de pedidos de divórcios, segundo o jornal chinês The Global Times. A cidade, localizada na região central da China, possui 12 milhões de habitantes.

Conforme a apuração da reportagem, alguns sites indicaram a existência de relatos de uma procura acima da média em cartórios por formulários de divórcio, principalmente na província de Sichuan. A informação não foi recebida com estranheza nas redes sociais chinesas. "É muito tempo junto. Eu tenho visto cada vez mais histórias sobre separações. Muitas piadas também. Mas o problema parece sério", contou a professor Ge, de 29 anos.

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Embora não seja casada, Ge considera que a causa seja o estresse da experiência de confinamento com outras pessoas, influenciado ainda pela crise econômica, que gera preocupações com o futuro.

Uma das justificativas que podem explicar o aumento expressivo seria o tempo que os cartórios estiveram fechados durante a quarentena — cerca de um mês sem atender ao público pode acumular demanda. Além disso, o número de casais que procurou o divórcio na China em 2016 chegou a 4,2 milhões. Em 1985, a taxa era inferior a 485 mil.

A mudança nas leis ocorreu em 1950. Somente a partir de então foi concedido às mulheres o direito de pedir divórcio. Atualmente, 70% das separações são pedidas por mulheres no país.

Em consonância às mudanças, o número de casamentos sofreu queda. Em 2018, apenas 7,2 pessoas a cada mil se uniram em matrimônio, o índice mais baixo registrado desde 2013, conforme o Escritório Nacional de Estatística do governo.

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