Espetáculo infantil que aborda a morte abre temporada no mês de agosto

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"Na infância, não tem tema que não possa ser tocado", desafia a dramaturgo Eduardo Bruno. "Para mim, só vale entrar no infantil se for trazer questões que sejam novas no repertório da infância". As afirmativas se materializam no espetáculo Para onde vão as meias quando elas desaparecem?, com um enredo que trata de temas como a morte e a as perdas do cotidiano em uma estética voltada para crianças. A peça será apresentada durante os sábados e domingos de agosto, sempre às 16 horas, no Sesc Emiliano Queiroz.

A montagem surgiu em 2017, fruto do projeto Teatro Escola do Sesc, que levou as apresentações para três escolas da rede pública. A narrativa conta a história Kali, interpretado por Waldírio Castro, que, após a morte da avó, precisa retirar as coisas da casa que será vendida. Essa aventura pelas memórias e as perdas, é desenvolvida de forma lúdica. "Kali conta uma história da avó, que dizia que mãe tinha virado nuvem", exemplifica. "Na verdade, essa é a avó dizendo que vai morrer. E que, quando chovia, ela vinha brincar com o neto".

Ele conta que as experiências na rede pública confirmaram a expectativa de que a temática era importante de ser discutida com as crianças. "Em uma das escolas, uma professora nos alertou que uma das alunas tinha acabado de perder a mãe. Depois ela nos contou que a criança disse: 'a minha mãe virou uma nuvem'. A criança começa a elaborar que a mãe foi embora através de uma poética possível sobre a morte".

Esta é a primeira apresentação da peça para um público aberto. Apesar de voltada para as crianças, Eduardo afirma que também vê potencial para interação com adultos.

 

Para onde vão as meias quando elas desaparecem?

Quando: aos sábados e domingos de agosto

Onde: Sesc Emiliano Queiroz (avenida Duque de Caxias, 1701 - Centro)

Informações: (85) 3452-9090

 

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