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Kátia Freitas relembra sucessos e lança canções em show no São Luiz

Kátia Freitas apresenta neste domingo o show "Cantar Sozinha", em que relembra sucessos junto às canções inéditas que devem entrar para o terceiro disco
15:10 | Mai. 03, 2018
Autor Marcos Sampaio
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Marcos Sampaio Editor-adjunto e crítico de música do caderno Vida&Arte
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Tipo Notícia
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Nos anos 1990, uma cena musical surgiu com força em Fortaleza. Muitas vozes e instrumentistas apresentaram um repertório de canções inéditas que orbitavam o Centro Dragão do Mar, a Praia de Iracema, a Concha Acústica da UFC e outros palcos. No meio desse novo pessoal, uma voz se destacou. Apesar do corpo pequeno e do jeito discreto, Kátia Freitas virou estrela e promessa de um Ceará pop que iria conquistar as rádios nacionais com sua música acessível e refinada.
 
Essa promessa se cumpriu em dois discos cercados de elogios, mas que se seguiram num longo período de afastamento. Tocando outros projetos por mais de 15 anos, Kátia seguiu como uma saudade forte em quem ouviu Coca-Colas e Iguarias, Babe Baby ou Próximo. “As pessoas têm saudade e eu também tenho. A relação que eu construí com meu público é sólida e é isso que interessa”, admite a cantora cearense, que quer retomar sua história e apresenta novas canções domingo, 6, no show Cantar Sozinho.
 
Cantar Sozinho também é o nome de uma canção de Valdo Aderaldo (autor de Coca-Colas e Iguarias) e Cristiano Pinho (guitarrista e diretor musical do novo show). A música faz parte do repertório inédito previsto para compor o terceiro e aguardado disco de Kátia Freitas. “São canções que compus basicamente só e que eu gostaria de apresentar para um público que estava acostumado a ouvir meus dois outros discos. Tem uma pegada mais latina em que o samba está dentro. Mas tem tango, bolero”, descreve sem fazer uma previsão para o lançamento do disco.
 
Apesar do tempo afastada, Kátia não tem dúvidas da boa receptividade ao seu retorno. Um show no Carnaval de 2016 e uma gravação recente no disco Futuro e Memória, de Rogério Franco e Dalwton Moura, ambos bem recebidos por público e crítica, ajudaram nessa certeza. “Todo esse percurso que eu venho fazendo desde que voltei, tem sido incrível. Estou percebendo o carinho das pessoas. Nesse show, eu vou subir ao palco bastante emocionada”, conta.
 
Mesmo afastada por tantos anos, Kátia Freitas se manteve perto da música. Trabalhou na Jazz Sinfônica de São Paulo, o que chama de “paraíso musical”, e lembra com orgulho dos projetos que desenvolveu com o grupo. Mas ela sentiu vontade de voltar. E ainda parece difícil pra ela falar sobre esse afastamento e os esforços pessoais necessários para o retorno. Mas não há dúvidas sobre o foco desse novo momento. “Quero muito que essas músicas novas sejam conhecidas. E quero fazer o terceiro disco que as pessoas cobram tanto”, adianta.
 
E de cobrança, Kátia Freitas entende bem. Um novo disco, mais um sucesso, estourar nacionalmente são algumas das dívidas que ela parece ter criado. “Eu sempre fui tratada como uma estrela, uma artista consagrada, mesmo trabalhando só aqui. Todo mundo esperava, desejava, vislumbrava isso. As pessoas perguntavam por que eu não explodi. Mas são tantas histórias que ficaram no passado... Eu me dedico mesmo à arte, e o mercado exige uma exposição que eu não quero ter”, explica mais uma vez sobre a cobrança frequente.
 
Mas Kátia sabe do trabalho que construiu e não parece ter dúvidas de que foi tudo feito com atenção, qualidade e sinceridade. É apegada a esses elementos que ela volta com um novo espetáculo que olha pra frente caminhando sobre uma estrada bem sedimentada. “Continuo criando e é isso que importa. Sempre busquei fazer um trabalho de qualidade e acessível, com consistência e acho que consegui. Eu tive esse retorno. Quem tem uma oportunidade de ouvir meu trabalho é tocado por ele”, afirma com segurança.
 
Parcerias e afetos 
O show Cantar Sozinho tem direção artística do Grupo Bagaceira. “A gente já acompanha o trabalho um do outro há muito tempo. Eles que lembraram dos 20 anos do meu primeiro disco”, conta Kátia, que apresentou as canções para que eles trouxessem ideias para o show. E a banda que a acompanha é formada por Cristiano Pinho (guitarra, violão), Eduardo Lopes (guitarra e violão), Marcus Vinnie (teclados), Miqueias dos Santos (baixo) e Denilson Lopes (bateria).
Canções
 
Serviço
Kátia Freitas - Cantar Sozinho
Quando: domingo, 6, às 18h
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Onde: Cineteatro São Luiz (rua Major Facundo, 500 - Centro)
Telefone: 3252 4138
 

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