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Lino Villaventura faz 40 anos de carreira e é homenageado no Festival

O estilista Lino Villaventura que há 40 anos leva o nome do Ceará para passarelas do mundo inteiro participou de entrevista aberta e recebeu homenagens no último dia do Festival&Arte
08:47 | Jun. 25, 2018
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O estilista Lino Villaventura, que já ressignificava materiais como borracha ou barbante em suas criações antes do termo “sustentabilidade” entrar na pauta da moda e sempre surpreendeu crítica e público por seu trabalho autoral, completa este ano 40 anos de carreira. Parte desta trajetória e o que está por trás do seu processo criativo foram contados por ele durante entrevista aberta realizada ontem, no último dia do Festival Vida&Arte.


Em um bate-papo descontraído comandado pela diretora de redação do O POVO, Ana Naddaf, e os jornalistas Émerson Maranhão e Clóvis Holanda, Lino, que nasceu Antônio Marques dos Santos Neto, relembrou o início da carreira, o sobrenome artístico dado pelo colunista do O POVO, Lúcio Brasileiro, e os caminhos que o levaram para moda e não para a arquitetura.


“Na verdade, as coisas foram acontecendo. Os convites foram surgindo, fui aceitando e as pessoas foram gostando do meu trabalho. Eu não sabia muito bem como fazer, mas não me acovardava”, diz.

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Sem rituais pré-definidos, ele diz que tem facilidade para criar e que a inspiração para seus vestidos vem de momentos, experiências de vida, livros que leu, quadros que viu, ou mesmo filmes.


Mas destaca que é preciso também ter perseverança, ainda mais em um país como o Brasil, que não tem tradição de moda e vive às voltas de crises econômicas.


A atemporalidade — outra marca do estilista — também pode ser constatada pelas roupas vestidas por sete mulheres cearenses, que cruzaram a trajetória de Lino em diferentes momentos, e que ontem participaram de uma homenagem especial ao artista.


Dentre estes, estava um vestido de 1987, um dos primeiros que ganharam destaque em revista nacional. “O Lino é um parâmetro, atemporal, criativo. È sempre atual”, afirmou a produtora cultural, Gláucia Andrade, dona do vestido, que ressalta que mais do que cliente, se tornou amiga do estilista.


Questionado sobre o futuro da moda, Lino foi enfático: “Não tem mais isso de moda para homem ou mulher. As coisas se misturam. O que vale é saber quem você é, o que gosta, e se sentir à vontade”, afirmou.


Também destacou por que, apesar de ganhar o mundo e passar muito tempo no eixo Rio-São Paulo, não deixa de manter a base da sua equipe de produção no Ceará. “O que eu preciso está aqui. As pessoas que treinei, especializei e me acompanham há mais de vinte anos estão aqui. Não vejo razão para sair daqui.Além dos mais, se saisse daqui a identidade seria outra”.

 

O QUE VEM PELA FRENTE

Lino diz que não costuma fazer planos para o futuro, a não ser continuar inovando. “Quero fazer sempre melhor”.

 

HOMENAGEM

Participaram da homenagem a Lino: Gláucia Andrade; Branca Mourão; Patrícia Dias; Graça Calado Vieira; Inez Villaventura; Leda Maria e Gladys Sidoux.

 

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